Revista do Ensino - v.1, n.1, 07 set 1911
16 REVISTA DO E"NSINO .. Hygiene social Selecção natural na humanidade Por ACYLINO DE LEÃO Dissei·tal'ei a respeito da selccçtio .n~– tnral na humanidade, entmvcs e 1hff1- culdadcs que o desen'volvimento socia_l fhc imp6s, e meios arti{iciaes dt: c~·r1gil-a pela a.~si.çt2ncia á.ç crea11ras, hygiene es– cola,· do ta/lw e da vista, inspecção m~– dica de pl'Ofessoros e ~lu_m1~os, prophyl-aa:ta das moléstias transnusswets, e combate ao itlcoolismo e eis cntoxicações alimentares. I O h. · ·t· 0 1'11dn mal differonc.iado do sou ancestral simiesco ornem pr um IV ' " • d l t l llomo alalw; Pithecanthropu.~ crectus ), chego_u, traves o um en o _evo - ( · · 'r · - hysica e intellectual da era contemporánea, mod1fican- vcr, ate !L per e1çuo p _ do-se continuamente por selecçao. . 1 · A d t ·na. da selecrfto nasceu do estudo dos awmaes domésticos e da / Oll ri V • • • • d . . l cultura do plantas de jardins, uns 1 e ?utras or1~mu.rt1?s ed eshpec1es se vagens, f m alterados na fórma pe n mlervonçao ac 1va o ornem, no crenr qued., 1 \0 reas especiacs e escolha demorada. Foram nesse mcstér applicados, como con 1 ,. - • . l l 't' 1· ma demonstra<;Ao imml'dmta, os processos que, no estnc o se va 1co, na 1- nu 'd . . d . . u .. herdade da natmeza, prcs1 em a origem e novas espec1es e e novos go- neros. . . Emquanto animaes e plantas silvestres parecem, a dos.peito dos annos que passam, offerecer sempre a mesma configuração, .os animaes domésticos 0 ng plantas c1Lltivadas soffrem, ao _contrário, em muito poucos annos, as maiores mudanças. Os prog ressos obtidos na arte da croaçii.o \)elo jardineiro e O agricultor são taes, que hoje se pôde, em um curto espai;o de tempo, em alguns aunos apenas, obter á vont~de llma fórmn animal ou vegetal inteira– mente nova. Submettem-se, parn isso, os organismos á influência de situa– ções ospecines, existentes ou creadas, fazem-se reproduzir sob esse influxo, que ó capaz de fornecer um ?rgani_sI!lo jâ clifforente, e, depois de algumas aerações, chega-se a conseguir espec1e nova. " Foi assim que so originou a porção de variedades actuaes de pombos domésticos\ co'?1 divergôncias tão extraordinárias que não parecem, á simple,. vista, provtr d um tronco commum. Os _costumes, o~ hábitos, as aptidões, d'essas raças de pombos infinita– mente vanadns, sua '.orma,.seu tamanho, a côr de diversas JJartes do corpo, 1 ;uas proporções relnt1vas d1fferem notavelmente. E, apesar e tal diversidade obtida, e da que naturalmente já havia, prnduzida. inconscientemente, Dar– ~in mostrou que essas raças descendem todas, sem oxcepção, d'uma só e,pé– c1e selvagem, o pombo azul dos rochedos ( Columba livia ).
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