Revista do Ensino - v.1, n.1, 07 set 1911

REVUSTA DO ENSINO 13 p~nsar e que nos volta emiquecido duma consciencia addicional as– s1gnalando-nol-os como assumpto dum pensamento ou de uma expe– riencia anterior es. A' tres reduzem-se, portanto, as operações da memoria psy– cbica : conservar, r eproduzir e reconhecer . . E ' inutil, cremos, insistirmos em que a ·memoria acima defi- mda nada tem das velhas entidades metap'hysicas, abstractas, sur– GENEms, tão caros ao idealismo pedagogice das antigas psychologias. Nada. , disso; o termo memoria significa simplesmente um0. gossibilidade complexa, multiforme (4). «Ha ta.ntas memorias quan– tas sam as especies differentes de sensações: memoria visual, audi– tivo, olfactivo, loctil etc. (6) Quanto ao seu mecanismo correm actualmer:te varias hypotheses. Para uns é uma vibração persisten te no cerebro, alguma coisa á ma neira duma PHOSPIIORESCENCIA das imagens; segundo outros, entre os quaes Toine e Spencer, é um verdadeiro «resíduo». l\las a tbeoria mais acceite actualmente e que melhor se harmo– nisa com os dados experimentaes, é a de Ribot e Wendt «amemo– ria não é um conjuncto de traços ou resíduos e sim um conjuncto de associa ções dinamicas muito estaveis e muito promptas a despertarem. > l\lercier tratando das bàses anatomo-pbysiologicos das leis da associação de que, como referimos, depende o mecanismo memoria l, syuthetisa-as assim: «Les cellules neveuses qui entrent dans la C(?m– position dn cerveau se caraçterisent par les prolongments qu'elles éroettent dans plusieurs direct ions. On croyait autre-fois que les prolongements dos ceHules vgisines s'anastamosent o forment un reseau 1 continu (Gerlach 1871 ). P lns tard, les bistologistes (Golgi, Ramon y Cojal etc.) substituêrent généralement à la theorie du ré– seau celle de la contiguité eles neurones, d'aprés la quelle le systêo1e nerveux est composé de neurones-cellule nerveuse avec son cylindre– axe et ses diverses ramifications-qui sont simplement cont igus mais penvçnt, en é~,dant leurs fibrilles, entrer en contact les un avec les 1 autres. Quoi qu'il ~n soit de la continuité ou de la cont iguité a nato– mique des neurones, l'interpretation physiologique de la vie nerveuse rev-ient toujours á une supposition fondamentale: Lorsque le proto– ptasme d'une cellule cérébrale est ébranlé, on suppose avec beancoup de vra isemblance, que ébrn.nlement se pTopage, á la façon d' une onde liquide, dons tontes les ramifiations., Pelo seguinte scbema de pbysiologia cerebral traçado por Wlliam James, podemos facilmente, n 'um relance, apanhar, todo esse mecanismo da memoria, em cujo clara comprehensão não será baldo nos determos . Seja )/ di z o grande psychôlogo americano, um phenomeno pas– sado, o o conjunct o dos seus elementos de identidade-concomitan– tes, dados, immanencia do Eu, etc.,-o M o estado actual apto a recor- ({l. H. Taine- Do l'inteíligence, t. 1.• oap. III. (ó) F. de Vasconcellos-Liçl!es do podoloa-la e ped&iOiia exrerimanlal.

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