Revista da Sociedade de Estudos Paraenses Jul - Dez. 1895
:2 1() II O ALGOJJJiO lJRrl 1·0 Xa minha pl'imeir.1 viagem á fazenda Tapem passei por u 111 • ():d enso algoclo~l bravo, qu_e saber?rccado 1·ecenle111ente pela queima annual, prorluzta um crepitar cun oso, quqnclo os sacahys secco~, de que o solo se achava J uncaclo, eram quebrndos pelas patas dos cavallos da nossa pequena camvana. o DL'. Demetl'io Bezerrn, a c_ujo co1wile devia cu aquclla p t·i– meirn cxcu1·são pelos campos criadores, deu-me d'essa planla des– conhecida para mim di versas informações, que passo a escrever: . O algodão bravo 1·eprnduz-se nu.o.só pela , scmenles, como lambem pelas rnizcs qne brotam do_s nos elos rumos tombados em contacto com a terra; d~trante a cl~e1a, cl'csse? mesmos nó;;, quanrl o s ubmP.rgidos, nascem v,gornsas n~tze;;_ 9ue ahrnentam a planta alé que com 0 verií?, ficando seccas, 111utilisam-3q, Ao conlrar10 de loclas as oult"<"lS planta~, o algoclflO hmvo, e t1t vez de se:car complet~11ncntc. com_ os ve\ões excessivo.:;, ou ao 111fl nos de mu1·char, mais vercleJa ~~ vigora n essa e~tação. Suas flores campanuladas, co r d~ rosa, m::i.ltsan1 ngradavd– • 1nc11le o campo no fl111 da eslaçfLU pluviosa. Suas rnizcs srw supcl'fit.:ines; níto aprnl'untla1n. Nos can_1pos de onde com_ sua presença, l;tz clcsappai·ecc i· 0 capint, con:;l1luc uma p1-.1g,t lcrr, vel porrcue o ga, lo por nuis ram in- 1 o não o come (1). ( 1) A enorme cheia que tannt•h::i; prejui1.o; c.1n;ou 110 prin1' iro se nc ·t d ' anno veio dar um de.;mentiJo a e ;t.1 affirm1tiv,1: o g.v.lo csf~n,Qacl 1 • re e 5t e , . . . ..... o coma o al 11 odão bravo ; é prec1;0 porem que esteJa a morra d,• Jome. N·i• ,. . , -d • · ., 1 • 1 . d ' º i.11.cn ,1s do l\lagua,v tão duramente provac as n estes u L1m::1; ou, a11110;; a innund~ç•o .d . . ' d :l . . ' " " rap, a sub mcrgio o capim, ele ruo o que o g.v o magnss1mo, m::111ia ás centena. d . . · N'estas coniiç()es devorou os algod~os br.1vo;, o que de certo c!e veria' ~ e_ ina_nbiç:\o • P ara mwmentar a mortalidade. As condições cl'cstn infdi z fazenda fo~amert contn uido " d d b t · ' aes q ue seu pessoal esteve occupa o em erru ir os ucum:1111.e1ros para com suas palmas es . alimentar o gado: tal era a falta de p~ to ?, . P•nhosns U Maguary ufanava-se de pos;111r 28 11111 re1.c.; cn1 1892; e111 ~larço do corren te anno, tres anno; depois, ,. contagem deu apenas 1 S mil re1.es .
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