Revista da Sociedade de Estudos Paraenses Jul - Dez. 1895

Tai-la1•urY~s, secco á nrn.r6 baixa, a qunl pôuc acompanl1a1· cm monlal'i:1 por espaço de lempo rclalivamenle consiclcravc l, pois que sua velocidade nãO era superior a 8 kilomelros por liorn. ~ a cidade do Pará a reponla, nos dias de lua nova e lua cheia. dá cxaclamenle ás 6 horas da munhil. chegando essa 1nc:;ma maré ao meio dia na villa de S,10 Domingos ela Bou-Visla, e :is rlu:.1s ltorns e ll'inta minulos ela lal'Cle no engenho Apprnngn. A pl'imeil'a loca– lidade dis la 18 leguas e n segunda 2ü h'g11as da cidad0. Vinlc e cinco leguas equivalenle a 165 kilomclrns ou uma velocidade de ce1·ca de 19 112 kilomelros por hora por dous rios (Gunjat':-Í. e Ca– vim) largos, por6m ele difficil n::\\'egaçí'lO por serem mt.tilo 1·azos. Na poula elo Mnguary, a 20 leg11as da Cup1lal, n enchenlc 11·cs:;cs mesmos rlias lunares dá .is 3 horas e -10 mi11nlos ela m:.ulnwacla. Lri.u1 spo11rl? a dislancia _alé a~ Pa~·á. cm 2 horas e 20 minulo~ ou uma veloc1rlade de mais ele 08 ktlo1 11clrns por horn. Sabe- se que no Allanlieo e no Pacifico onde a profundidade rn erliu é de 4800 melros pura aquclle e ele G-100 melrns para cs lc, o fluxo chega a lr:rnspôr üOO kilo111elrns po1· hora. Af'fi rma E. Rec\u:;, que a velociclaclc rnaxima .obsen ',)Ll.a no O ~ea.no Pn~ifico 6 de 850 kilornelrns por hora! Sc.1a-111e l1c1lo exp1·1m11· aqut um volo euLlc– reçado á Sociedade de ~s~udos Parnenses. E' lá.o palenlc a ul1ltdade, para a navegaçí'lO de sauer-se a ltorn da preamar do plc1iilu11io e llo novilunio, que deixarei de de– monslrnl-a. No csluul'io elo rio Pará e tlo rio Amazonas como lambem em seus afllucnlcs i111luenciaclos no seu curso inf'crioi· pelas marés a navegação ó l'~ila com o flu xo, quando a embarcação dirige-se admonte. e co111 o JUsanle qu,u1?u rlcscc adrallc; Ll'ahi a necessidade de co11heccrc111 ~s e.rnbarcad1ços u hora da eneheule dos ponlos intcrt11ediarios r\e s.ua rola, onde ~ào ob l'igados a espe– rar maré (1). Um muppa elas 1mmen~as bacias do Amazonas e elo Pará, onde eslivcsscm lrnçadas as linhas isorachicns ou coticlues cios innuni crns rios cl'esse vaslo syslcn1a hydrngmphico leria um interesse scienlifico nprcciado por lodos quanto~ se occnpam de geographia. A Sociedacl~ r m queslü.o poderia dirigir-se ás Jnlen– dencias elo Salgado, da Conlrncosla, dos pon tos ela Amazonia onde che....a a maré, pedindo-lhes que verificnssem a horn cerla da pre~mar nos dias sup_racitallos não só nas s~dcs dos municipi os como tarnbem em d1,·crsos pontos de seu ltltornl, ou margens, ( 1 )-A Jingua portuçueza nà? . po~sue os eq1!ivalenlcs dos lermos francezes aval e nmont que 1n.o bem expnm 7 m .ª~•~;cçm,_ ele _um no e_m rclaçã? a um ponto q ualq uer de seu curso; peço vema ao _lc1to1 p,11,1 usm de,les dous ncolog1smos ortogrnplvmtlo -os se– gundo a indole de nossa lmgua.

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