Revista da Sociedade de Estudos Paraenses Jul - Dez. 1895

20G estragos: i1H1 !icm·rl nrt Dorrlonhn, úa1·,·c de flol ou bm·,·e d'ean nn foz do Sena. A' pororoca colossrtl e il'l'esist.ivcl da cosla flo,cabo do Nol'le, 110 terreno conleslado, que, do At·rtguary ao Amapa, lorna a nave– gaçãO de lodo esse lil.loral arriscadissirna, duo os francezcs ele Cayenna o nome tlc 1·az- cl<.-nicvéc; os nossos pescaclorcs da região do Salgado, l'l'equcnladores d'aqucllas [. l'agens, abundm1lissi111as d<:' peixe, denominam-n'a rabo de maré, que é a leaducçào phan- lasisla por clles dada a 1·az-ile- 1'.w.l'éc. . Na Jnofalerra, onde ella cx1slc nos l'IOS Scvcrn, I-Iumbct· e cm alguns peq~enos rios da Eseocia, clào-lhe o nome de Ú()1·e: no Elba e no Wcscr, rios all emiles, lnmbcm pódc a pororoca ser es ludacln: n' um elos braços rlo Ganges, o Hugly, é ella fol'lniclavcl. No nosso Estado do Pará é a pororoca mui vulgar; ·cm lodos os rios de pou– ca profundidade, onde o flu xo e o reflu xo se _fazem senlir com umn amplitude nu11<:a menol' ele dons melros e meio a lt·cz ni elrns, é ella commum. l"Ío rio Guajará bale a pororoca desde a ilha cio Bo.n ínlcnlo alé á villa ele SãO Domingos, no rio Capim diffi r ulln clla a naverra. çuo do seu cul'so inferior. desde ~ sua ~o:1fluencia com o Gua~i:i nlé ao Engenho Appruaga. O;, nos i\'.Iu.1u1111 on de São C:aelano, Arary Tar tarugas, Araguary. lodaa cosla do cabo do Norle onde , ~ d . ' as alluviúes do Arnazonas lem 10l'1Ha o um 1mmenso baixo de vasa perigosíssimo pelas suas impetuosas e honificas con enl.ezas, a va~ dosa conlracosla de lVfarnjó, desde o igarapé Parapaní. até além do canal das Melancias, !:M lambem o lhealrn ele seus eslrngos . Sua inlensidade varia consicleravelmenle; a da ma l'gem es– querda cto Amazonas, do Araguary ao Amapá, considerada a maior de todas, attinge cinco melr~s . ~e a!lura ao passo que em alguns igarapés a elevação rle onda 1111c1a~ e apenas ele um paimo (1). Sua veloci1ade, clcpen,lcnlc da prnl'undiclade, é lambem muito variave l. Na praia rlas Dunns a porol'oca não é pet·igosa; tem cet·ca cfe tlo11s palmos de allura e sua marcha é egual á de um homem correndo. Sua progr~ssu.o nos igara~és é lanl_o menos mpicla quan– to menor é a prnfunrhdad? de seus lc1los. _No 1g~rnpé Parnpará con– serva o phenomeno a 1·ap1dez que lcm nas praias da fo z. No Tar– tarugas obserrei em Julho ele 1893 a marcha a mais lcnla de uma poeornca; s ubi por clle acima, logo que a enchente começou, cm l ' )-u Dnn; I' Amazone,. la blrrc,·appellé.c poror~ca à catt~e du grondment d e ºtl X se dresse dit on, en lro1, vn 0 "1ws sncces;1ves a1te1gn:mt enscmhlc de 10 . 1 e ses ~ · ' · · ' · ª 5 me • ires de hautem,,. E. Reclu..

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