Revista da Sociedade de Estudos Paraenses Jul - Dez. 1895

.. 201 mais graves, convor.avn e t eunia as r.hnnrnclns-junlas gcra('s,– convidan<lo os militar~s, os clet·igos, os_ offlciaes de j usliçn l' fazendn, todas as pessoas qualificadas rla co.10111,1, sem csc1uece1· o o-overna- 1 • , !') r or e o cap1lf10- mor. As decisões eram enli10 lomadas por pluralidade el e votos. (' _assim fi cava 1·cp:11-Lirla por muilos qualquer culpabiliclacle que hÓu– vcsse, tomando-se dil'íi cil, scnf10 nulla a puniçfio cm lat's hypolh('– ses . Digamos Iudo de uma vez: c1~1 gemi os agentes da n.11cloriclatlc commelliam repetidos excessos, eonlando co 111 o apoio reciproco rlc uns em favo1· de outros. Lksdc que ni,.o lhes invadissem as sua::: cxnget·arlas ,lllribuiçõcs, das quaes nunca deixavam de sct· nimia– nll'nle ciosos. A' influencia l'uncsla que e -..:e1·dam nos negocios pn– hlicos, alll'ibuia -se com razão o alrazo rias capilanías:-cl':1 , p1•lo nll'nos, uma dzis principaes causas das pl'nu1·ias coloniaes. . Com poucas e honrosas excepçõrs, os dcposilario;; rlo pockr publico eram sem insl1·ucçr10, cgoislas, ambiciosos, co1Tuµlos e cor– ruplorcs. A sua pt·incipal preoccupnçüü consislia em adqui1·ir for– ! una e 1·egressa1· ricos á terra nalal. N'c;;te proposito nada escru– pulisavam. Cada qual tralava de entrar no jogo inrlecenlr elas es– peculações, sem lhe pezar a conscienc.ia dea ntc t.fos meio::: inrl eco– rosos que linlia111 de empregar. Nenhum se impo1'lava com os ma– les que poderia causará colon ia. As nascentes povoações movinm-sc difficilmenlc dentrn <lo cs- . lrcito cireu lo ele fc l'ro com qu C' esses régnlos as apertavam cm proveito proprio, subordinando ludo aos seus caprichos e inlcrcs– se.:;. Retrale-os quem conrivcu r·om ell es, quem os estudou de perlo e observo u o seu sonlido procedinwnlo cm relação ás ren– das do crario, aos provimen tos elos c:al'gos publicos, á compra e ,·enda de me1·carlorias, ao trabal ho elos infligenns, ao sC'n ·iço cm o-eral das co lonins. o -Urn a das c:1usas ria tniseria da Lerra era o sord:do inlcressc elos que a governavam: sito pala,·i·as qua~i l~x tu_aes do padre An- _ 1onio Vieira, leslern nn lia ocular e audo r1saíla, (alando do Estada rlo i\fara11ltã.o que lambem comprchendia o do Pará (1).-A· rrnrla ilos dízimos era de SE'is á oito mil cruzarlos, dos quacs lres tomava 0 r,•ovri·naclor parn si inlciramenlc e 110 melhor parnLlo. Na mesma fó~rna se pagavam dos s~us 01·d~nados ?s p1·ovr <lores e os officiars ela fazenrla, com o que v11)ha a•fu.:.. u·. ,_n~rlo pouco para as despezas das cgrejas, vigarios, offi emes rla mrltcia r. soldados, a_os quacs S<' n:io pagava nem n r111arl n parl e do que 11,rs pCl'lcncrn: pelo qnr • l i) Resp. nos cnps. do proc. do ?-lnr.

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