Revista da Sociedade de Estudos Paraenses Jul - Dez. 1895
• pl'cparou- sc logo pnrn co nlin~1ar o seu regL'c?so ao P~ l'á. )[ai · tl 1• tnil lr uuns 0slnvn cll e ni111la tl1sla11l c 1la rolon1n d0 l~t~le1n. Descen– do O N.tpo e c1cpois o 1\ 111azónns, na V<'f{ira s0111 pre al'nsln1lo .d1~ IPri-a. co 1 n receio dos selvagens que lt ab1lavan1 nn 1na1·gc1n do~ t·10s e• nas· illta: por onde passt'i rn. Dcse1nbarcava nns nl<lein:-; ón1 ente por neecssidadc u1:genlc de obler provisões e noticia:-; soln·c a:-; lo– calidades que lhe 1ntcl'rssavan1 conhrce1·. Xn sna longa riagcn1 Yira nun1crosas lribus el e coslnn1cs ,·., rios . nnias pacificas e fl.Ct;essivcis, oul1·ns tu 1·bu lcntas e a11li-opopl1aga.~ , con1 niulhcr~s e lton1cns nús, cab0çns arhalatlas, rosto:; 1íinlados e uisformcs, orelhas e labios fu rados, lraze ndo pcndenles <los bura– cos, 1 11órn1c1 le elos nariz~s qu e lan1hcn1 cran1 clcs ílgurndos, pcclrus pt·cciosas e l)alhetas de oiro e prata, corn o tornos de pau lavrado e pen nas de diversas cores. Alraves~ára a foz de n1uitos elos caudalosos tribularias do O' rande rio, se1 do alguns auriferos, quasi loclos c1 riquecidos de ~rys laes, co111 n1atas de ~nissin1as n~ adeiras, e~lre1niaclas de bat1- nilhas, de gon1n1as e resinas nron1alicas, de ~acao, ~l c salsa, canna– fistulas e tantas onlras <lrogas ele Yalor,-com ferte1s can1pinas pa ra l )astao-e n1 con1 terras ul)errin1as para cultu ra da canna, do alO'oclão 0 ' ' :i t . 0 1 ' 0 ' uo n1ilho, do arroz e ale CIO r1go . _)Servara co1n admiração os fruclos agres tes, os pcsC'ados elas praias , as cn\a5 e n vcs rlos })os- qncs . O c:l1ronista cl esla Yiage tn uc<:l'L~scenla que os sol<l •.ulos, ao clic– gnl' a c>: pecliçftO ao Ri o-~cgro (' ln 12 de Oul nbro ele lü:3H, julgando- de El- Rei Fel ippe 1 V, nosso Senhor, to1!1ou posse pela Corôa de Portugal do dito sitio e n,ais terras, rios , 11a,·egaçoes e con1111erc1os , tomando terras nas mãos, lançando-as ao ar e dizendo en1 alias vozes:-Que tomavn posse de!-sas terras e do sitio em nome de l ~I-R.ei Felippe I\~, nosso Senhor, pela Corõ: de .~'ortugal. .·e !1avia que111 á <l ita posse contradi s:1esse ou tH 1 esse en:1bargos que lhe_Pu_r, alu estav~? escnv:io da jornada e desco– liritnento que lhos receberia; porquanto ah v1nhnrn Religiosos ela Co,npanhiu de Je. us por ordetn da ltcal .Audiencia de (l u1to, e porque era,n terrns re1nolas e po,·oadas de ,nuitos índios, ~10 l!c~vc por.elles nen1 p~r outren1 rtuen1 lhe contradissesse n dita posse: -pelo que eu .t.scn vao ton1e1 terra nas tnaos e a dei na mão do cnpi t.i.o-ruór, e etn non,e de El- Rei Felippe l \ ' , nos~~ Senhor, ~ houve po1 n1ettido e investido n~ dila posc;c pela Corôa de ~ortugal do s1t10, terras, nos! navegaçoes e con11nercios referidos, ao qual sitio pôz o cap1tào- m6r por no1ne a Frn11rncn11n, llo que tudo eu Escrivão fi z este auto de po:.sc qt!e ~llc a~signou. Tcsle1n.ur~has c1uc presentes forn,n-o coronel n ,•nto Rodri – gues <le ()hve1rn,-o sargento- n1ór l•eltppc de ~1atlos Cotriu,-o capit:i.o l:'cdro <la Costa 1,-avelln,-o c::q~it:1.0 Pedr0 Hayà.o de .\ breu,-o _alferes fernão 1lendcs Gngo,-o alferes ]~n!t holom~u 1)1ns de ~lattos,-:-o al f~res .Antonio Gon1es <~e Oli v~ira,-o ajudante ~lan– nc10 de . \harte,-_ º. sn1gcnto Diogo kodr_1gucs,-.-o aln10:-..anfc de Sua 11agcstade ~lanucl de iVIattos de Ohve1ra,-~ sargento Do1~11ngos Gonçalves,-o capitão Dorningos Pirf s da Costa, os quaes todos ariu1 tn1ube1n as!-1gn:ua1n: e eu Jof10 Gon1es de An< lrac.lc , ., .,.. .· . • ' ' • 1 -S~I l\l aO da Jornada o cscrev1. . •
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