Revista da Sociedade de Estudos Paraenses Jul - Dez. 1895

178 Nestes tratados só ha un1a ontissúo que lJÓUe lalvez ~uscitur dúvida,-é não teren1 declarado expressa1;1eute se perte11cta!11 . no Brazil an1bas as n1argens do Oyapoc ou son1e1 te urna,- a tl1re1la, .quando este po11to nã? possa ser elucidado co1n clareza pela luli– tucle e long~lude referl(las. Entretanto, esta1nos certo~ que o goYet' - 110 b1·azileiro 1 üo cleixar[L de acceita t· a eslc respeito qual4ue1· ac– cordo salisfaclorio ao inle1·esse co n1n1u1t1 de nina e ont t·::t nnciona·.! lirladc, un1a vez que fique pal'u se1npe0 leen1ii1ada a q uestilo el e, Ji1nite~. Digan10s con1 frauqueza:-não lern havido seriedade ua parle da França. Accordára ella ern 1 ão te1· 1nais pre leuções ás Ler ras á quen1 do Oyapoc, fi cando con_t o seu a~tigo territorio_ ; nlro es~e rio e o l\tlaroni. O acto não podia ser n1a1s solen1ne. Po1::; .1:' 0 111, se.i a ·1cal ao seu comprornisso; dê o 11obre exe1nplo de l'espeito e fide- lidade aos tratados, que são as lejs supremas dos povos civilisados. Falseal-os, deixar de cun1prir as suas eslipulações , é falt.ar n. fé dos ·contractos, é lral1it· a palavra en1penhada dos governos. · ·o efenda cada nu.cio11nlidade o seu ter1·ilorio, 1nas não queil'a uunca usurpar o alheio. E ne1n a ~.., ra11ça aclual es tá tto caso de cL·iar couflictos por 11esgas de terras .despovoadas, distantes n1ai · de duas niil leguas da n1ctropole. , ua 1nissão eleve ser n1ais nol)ro e gloriosa. Adiar por 11tah; letupo a 4uesU10 ele li1niles só poderá aprovei– tar aos avenb1reiros que, socc:or1·endo-se elo pretexto ele s up1)osla neutralidade, invaclen1 aquellas regiões etn busca tle 1nelaes pre– ciosos, clerra1nando po1· onde pussan1 , c1J1 bandos desol'denados, u nssass inio, o roul)o, a dcsl1onra e o lerror. Os )Jandiclos são en1 grande nu1ucro e s urcle111 de va1·ios pon– Los , assolando ns ehan1adas terras do Cabo do No1~te, lJl'alica11do os 1naiorcs allenlados con1 a fascinação das decantadas n1inas de oiro ' s eru ou lro co rrecli vo que não s0ja a febre 11aligna que os an1edron- la e clizilna ncs~cs pára1nos pes til entos. E' de necessidade acabar co n1 o nefas to clon1ini o elos sa ltea– dores que ali nada respeila1 11 , e faze n1 at.é alarde en1 1r1enosprezat· as • · leis e aueloridacles de unia e outra nacio11a1idade. E o n1eio ui1ico d,c 1:eg11larisar tudo é a cle!narcaçfto l_ega l confor111e as eslipulações Ja nJusludas e1n U~recl1 l, V 1enna e ~ar1s. Procedan1-11 'u pois quanto antes, 6 o nosso sincero voto, e nisso es tará o interesse con 1111 urn dos dois paizes li1nill'ophes. Felizmente 11a 1nensage111 elo l10 1 1ra<lo Presidente da Ilcpublica do Brazil, lida no dia 4 .elo n1ez de j\1Jaio de 1895, pcrnnte o Congresso Fede1·al, encontra-se o ~eo·uinle tre– cho acerca da sc.cular queslão <le lirnites ela .Ci uya11u fra~1ceza con 1 o Brazil: ' •

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