Revista da Sociedade de Estudos Paraenses Jul - Dez. 1895

118 dades de cada um; da outra metade se tirava o quinhão _el o _Gover– nador, e as partes dos cabos ela joi·nada, so~clacloc; e mcl1os c~ue trabalhavam n'ella, pois lambem estes se associavam no~ desp~.1os de seus infelizes conterrnneos. As despezns da expedição eram raleadas pelo numero de peçcis a dislribnir pelos moradores, pa– crando estes o pleço por que sahiarn, mais ou menos ele qnalro ~nil réis por cabeça: mas _com o _tempo S? toi· ?ba~_dona:1clo ~s;a pralica e a colação subiu a quinze e vmle 11_11! r_e1s; ~l~ 9uc, as vezes o crovernador ficava-se com o rebanho inteiro, cl1v1cl1~do-o por s~us 0 ofJ1ciaes e fam iliares, que o revendiam a setenta e 01tcnlu. mil réis cada inclio. , Além elas lropas de guerra, que, pouco a pouco, e graças a opposiçãO dos missionarias se foram tomando mais raras, and~– vam as tropas de resgate em const.anles cqrrerias pelo sertão. Pn– meirnmenle os gastos da jornada eram feitos por conla ela Fazendn. Real; o governador decidia sobre as entradas e nomeava o chel'c ela expedição. Depois passou essa allribuiçM ás carnaras, que lambem el egiam o cabo e o repartidor elos inclios. Por ullirno, eram os moradores, que faziam os resgales á sua cusla, indo por cabo da lropa quem açliantava o dinheiro parn as despczas. Os missionarios acompanhavam as expedições, ou, pelo menos, Unham a seu cargo examinar a justiça elos capliveiros. D"esta maneira ia desapparecendo a caça humana, anniqui– lada, com a oulra, pela frequencia elas batidas. No tempo do governador Ruy Vaz de Sequeirn (1662-67), pela cosla elo Mm-a– nhão até Gurupá, não havia mais índios; era necessario ir·buscai-os pelo Amazonas acima, e denlro ~l_os afíl ucnlcs. As expedições de resgate eram para elles lào morlileras como as proptias guerras; ele maneirft que, com as muitas haixas que se davam .cluranlc as longas e penosas via~ens e clesconlando os que rugiam, não se apuravam, nas duas cidades ele Belem e S. Luiz, mais de 400 escra– vos P?r _anno (1). Este numero_era sem duvida insufficicnle, para subsltlu1r os mortos e estropeados, e para acudir ás necessidades ela população em augmenlo. Repartidos os inclios pelos moradores, conlinuava ainda a morlandacle, pelo que dizia _Vieir~, n'uma resposta á camara de Belem: - c Por mai,; que seiam os escravos que se fazem, mais (r) Resp. aos cnp. XXV. A C. R . de 20 de Oumbro de 1 6 0 nador do Marnnh;\o pro1ionha o orçamento ria '•lir'ic• e 1 . 9d ' manda que o gover- . 1- li d • ' "' " cus cio e 11111 ho- · 1 me 10s, a 1m e evitar-se que 1>ereçam qua•i· lodos 05 e • l , pila para os d 'º 111e vem uos e "S ,j 1 • . e tratamento, como geralme 1 te acoptece. ~ ç 1nen os, a mtngua