Revista da Sociedade de Estudos Paraenses Jul - Dez. 1895
16S bôa fé cio governo? Quem no,, diz 4.uc nà? l'ussc111 inulilisados u marco e as armas reaes por gente da guam1çM cl'cssc forle ? Pcrlo como se achavam elo silio cm qne aqucllcs eslav_am asscnta_dos, sem testemunhas que os clclalasscm, era bem poss1vel que os fran– cczes fhesscm dc;;appai·ecer os vcsligios e prnvas cxislcntcs n'ess0.s er mos contra as suas prelc11çõcs. E não é isto uma s imples pre– snmpçM de nossa par le. Ouçamo~ o que diz a ~slc 1·cspeilo o il– luslrc brnzi leiro a q1Jcm lemos mais de uma vr.z invocado: -A nolicia do rcsulla<lo da exploração de João Pacs do Ama– ral, affirnrn Joaquim Caetano da Silva, descobt·inclo o marco á mar– gem esquerda do Oyapoc, produziu grnndc al voroço cm Cayena, onde manifestou- se o receio de Yir a França a pet·dct· aquella rnar– n·cm do rio por qual4.uc1· modificação no Irnt:-tdo de Ul1·cch t (1 ). " Era enlã.o gor crnado1· tlc C:aye11a 1111'. Claude ele Or\"illiere que desde 171 6 oc-cupan1 esse Pl1~rn,lo cargo. i\Ias llo que á qualque r· oulro clevia-lhc cansar sPrius apveeltensões a existcnr ia do marco assigunlado com eviden tes cunhas de authenlicitlade. SLippl'imil -o, sem destruir o etfeito do le:;limunho unanime da comitiva de Joà.o Pacs elo Amaral, era trabalho de pouco a lcance. O caminho a scO'uit· devia ser oulro, mais paciente, porém lambem mais efficaz 0 (2). Convinha antes de l udo pôr em dúvida n. aul henlicidade do marco e n'este proposilo fi zeram a neccssaria propaganda. ' -Em 1724 representou Clande de Orvilliere tí. corôa de F ran– ça sobre _a necc~~idade de pr?teger a fronleim ol'icnlal dn. Guyana por um !orle mtl 1lar. O mm1slrn appl'Ovon este projeclo em 6 de Março de 1725, e no mcz de Julho de 1726 foi le,·antado I H\ mar– gem esquerda do Oraroe_ o forte de Sào ~uiz (3). Enlrelanlo, não p_odcndo negar a ex1slenc~a do marco, os trancezcs procuraram in– s111 uar que a sua collocaçao bem como os desenhos encontrados na rocha eram obms ele João Paes elo Amaral e elos seus compa– nheiros ! -Barrerc, correspo11dcnte dn Academia de Sciencias ele Paris que moro? cm Caye~a desde 1720 até 1723, disse-que os por lu~ guezes faziam coner,as p_erlo de Caycna e apode ravam-se das terras ele França, ch eg;;~ndo a Vil' cm 1723 _fazer um roçado em que erigi– r am sobre um pilar as armas do rei de Portugal e gravaram- ,. ,_ mesmo sobre as r?clias ! ( 4) n ,1.• -------- ( 1) Idem, â 334. t 2) Idem, i 2121. (3) Idem,?. 2 12 1. (4) Tdem, ~ 2374. •
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