Revista da Sociedade de Estudos Paraenses Jul - Dez. 1895

1 1 1 f ~ .• .. ,. lü7 J:: tluas le:slr mun lias fi<l edig11as e co·11tcslcs fozc1n prova c111 d ireito. E mais de sclcj ura r..im te r ris lo os ma rcos diriso1-ios dns te rras a ll ndidas. Portanto, eslava decidida a quesliio de lini ites entre a França e Portugal, quando ainda poelesse have r duvida sobre tal assumpto, depois elo tratarlo ele Ulrecht. Eslava demons– trado que os Iimites rla Guyana F ranceza não podiam u ltrapassar os marcos de:scobe rtos na ma1·gem esque rda elo Oyapor, <' ntrc o qua rto e qui nto gTáos de la titude septenlri onal. i\las referem que o mesmo gornrn ado1· João da Gama, ins tado pelos fran cczcs rnanchísa em Ma io de 1727 o maj o r Fran c:isco dr ~fo lio Palhela examinai· os taes mai·co:;, sendo acompanhado por um o ffi cial e dois soldados ela guarnição do forte fran cez ele São Luiz,-- 1:: que verifi cára-se enli\o, tirado u desenho das referidas a rmas reaes, não serem e;,tas mais que lrnços informes sobre uma pedra bruta ! Não esqneçamos declar.i.r que a noticia da descob er ta do marco e das armas reacs tinha causado dc;,agradavel impressão cnl1·e os habita ntes de Cayena,- e que posteriormente á instancias dos mesmos o govem ado1· fra i1eez fize ra lenrnta r em 1726 o men– cionado forte ele São Luiz na margem CS<[Ue rda elo Oyapoc para. cobri1· a fron teira oriental da Guyana (1). Quem sabe se não h avia n ' is to prepa rativos pa ra qualque1· a l– lcnlado que os :wC'nlureiros premed itavam, com abuso mesmo ela praticou, e perguntando-lhes no que vinhão e que rnziio tinh;1o p.ua passarem nos domí– nios de Portugal, lhe derào em resposta ,·inhào ao resgate ele Pnpagnvos e Birh,.,, sem que passa;sem por mares ou costa da nossa Corôa, porquanto só entrnvam pelo Rio de Vicente Pinçon e d'ahy vinh:lo por terrn de Alcleya em Alcleya cios nosso, Indios seu, compadres, e manclanclo--ós o mesmo Cab:>, que se recolhessem á;; suas terras e Colonia de Caynna, assim o promellenl:> fazer, o que se averiguou na volta, que a dita lropn de guerra fez por aquelles clestrictos onde toparão trez índios que buscnvio o amparo das nossas canôas pnra se recolherem ás suas terras, os quaes certificarão que na companhia dos ditos F rancezes andavam varies índios com o rehelde Guyamti como cabeça do gen – tio Aroan, costumados a assaltar os gentio, elos nossos «destriclos», por ter o mesmo re– belde o favor dos ditos Francezes, e aos d itos trez índios tinha succecli<lo o mesmo ele serem assaltados: E declarou mais elle testemunha que cio tnl rio assiml referido, cha • macio Guanany, cominuára a tropa a bus~ar o rio de \'icentc Pinçon ou Iapoco, aonde se examinarão as suas bocas e entradas, de uma e outra parte, para ver se topavão os marcos que dividem os domínios de Portugal dos de F rança « succedendo felizmente « topar-se, á entrada do dito rio, cm um monte alto, que elle te,tcmunha ~ o Cabo com « alguns soldados mais subirão, pegando-se ás raízes elo matto d'ene, uma pedra e rocha " natural de comprimento de mais de trez palmos, e uma fóra da terra na qual expressa– " mente se di vizavào arma ou quinas de Portugal, de que mandou tirar copias o mesmo "Cabo que recolheu n sy "· E mais não d isse e o que dito tem sabe pelo ver e pelas mais razões ditas; e assignou com o dito Doutor Ouvidor-geral.-Diogo Leytão de Al– meyda, o Escrevy.-Antonio Monteiro. (l) Cit. obra, ê* 333.

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