Revista da Sociedade de Estudos Paraenses Jul - Dez. 1895

162 --.- pelo scrlão clcnll'o, e b eri1 assim sc1:uo do dilo Bcnlo l\facicl Parcn~ te e seus successores as ilhas que _liouvel'_alé de,. lcguas ao :~1, na fronteil'a da demarcação das lrmla e cmco ou quarcnla _lcºu~s da costa ela s ua Capilanía, as quaes se cn"t:end erão med1c~as via recla e enlral'ão pelo ser láo e lerra firme denlt·o pela ma neira re– l'erid; até o t'io Tapuyussús , e clahi por dianlc tanlo quanlo pode– r em entrat· e forem ela minha Conquis tan (1). Após o extel'rninio do jugo castelhano cm l ~-!0, fo i esta cloa– çM confüma<la por ordem de dom João lV, rei de Porlugal, 11 a . pessoa do filho mais velho de Bento Maciel P aren le, por ler esl_e ultimo já enlilo fallecido. A carta r égia ele confirmação é concebi– da nos mesmos termos da primeira. E' claro, como se vê, que · a capilanía do Cabo do Norte começava elo rio Tapuyussús , conhe– cido h oje por Parú, correndo pela ma rgem esquerda do Amazonas alé o Cabo do Norte, e d'este cort·endo pela cosla marilima até o • rio de Vicente Pinson ou Oyapoc, com lrinla a quarenla leguas, comprehenclidas entre este rio e aque lle Cabo (2). O Oyapoc está perfeitamente assignalado p elo Cabo ue Orange. e ficou servindo de fronteira septenlrional :i capilanla, en trando dahi a repartição das Inclias de Caslella . Decorreram muitos ar111os sem haver contestação séria que alterasse o accordo laci to entre as duas nações. Tambem os portuguezes nunca ultrapassaram o Oyapoc. Eram ciosos elos seus direitos t erriloriaes, mas s0.111pre r espeitamm a propriedade alheia, mostrando admi r avel inteireza cm todos os seus aclos de conquistas. Em 1637 Maciel Parente, ao recebe r a cloaç110 ela co r ôa de I-Ie~pan,lrn, tratou lo~o de estabelecer e firmar a s ua posse n~ cap1lama. Apenas foi-lhe esla outorgada, levantou na fóz elo Paru, onde ora ~l emora a povoaçào ele Almeil'im, um forte á que deu o nome de Destc,To, e gu~rneceu-o d e algumas peças d e arlilharia e um destaca111enlo de lnnta soldados . Prisioneiro porém cios h o llan- . (1_) Esta carta lambem se _acha pt'.blicada na citada obra ele Joaquim Caetano ria Silva, z 2630. O trecho transcn~lo esta melh~ra<lo de linguagem e orlhographia, ma.. s1;m ne~huma alteração no ~onteudo c)e su~s disposições, tanto que repet;mos a suppoSla d1stnnc1a entre o Cabo _do Norte e o no \i 1cente Pinson, corn,iderada no principio ela caria como sendo de ln~la n qu~renta leguas, e no fim de trinta e cinco a uarenln leguas, com declaração dupla n este ull1mo caso. O melhoramento qtte r . '1 1· e 11 1 ,. h' l fi , ·1· . azemos na mguag e or~nograp ia . em por 1m ,nc11tar a leitura, nttento o barbarismo do tem O em e ue foi escnpla a refenda carta. P 1 (2) Nos lralaelos ele 4-de Março de 1700 e de 23 de Junl d F 1 d . d · . 10 e 1701 1 entre a ran· çã e Portuga , a-se estes 01s nomes ao mesmo rio º"'ª'" d · . · 't' d . 1· · · . · · .,. "'ºe era a enommação prnrn 1- va, e quer 1zer na mgua md1gena-n11do de agua que c~e c ·, l l · 1 d · . ~ -, orno J,l o e1ssemos an e· riormente: la enommação mudoit para a de Vicente Pinson de · d I b do rio pelo navegador d'este nome. • pois a e esco crta

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