Revista da Sociedade de Estudos Paraenses Jul - Dez. 1895
] 59 bilavam ali os ci;·uans, indios que não se recommendavam pela · mansid_.10 1 nem l_;lo pouca pela pur~za c~e co~~um?s: Vendo elles approx unar-se a Jangada, correram a prnia e la ass1sl1ram o des~m– barq ue elos na u(i'agos que, r eparliclos por elles em grupos foram conduzidos para terra, e depois mol'los e devorados nas 'aldeias d'esses barbaros, como fiçou verilicado pelas pesquizas mandadas logo fazer pelo govenrndor nas costas da r eferida ilha (1). Condemnamos todos os actos de selvageria ; e certo esle mor– licinio não nos póde merecer menos indignação do que o s upplicio elos indígenas por ordem ou s uggestM ele Maciel Parente. Os factos nã.o alleram em s ua nalmeza, emborn não sej a igual o numero das victimas immoladas. Difl'erem apenas na qualidade dos seus auto– res:-w1s eram ti rlos como civilisados,-oulrns como barbaros sem noções de moralidade. O certo é qne os salvagens j ::í. devia~ csl.ar escarmenlaclos dos conquis tadores, além de instruídos• nas dÓutrinas e exemplos que lhes davam. Niío era pois de eslranhar que elles quizessem imitai-os nes~es acto_s de ~rueldade e vin– gança, pondo ao mesmo tempo em pral1ca antigas usanças 'de s uas lribus. Em la! naul'ragio lia a inda que nolar a perda quasi Lolal dos poucos colonos que pocleram salvnr-se e seguir para a colonia de Belém. Além do governador e sua familia, fornm transportados para a ter ra sómcnle as mulheres, as creanças e as pessoas mais n ecessitadas, entre as quaes podia Ler desembarcatlo ape1ta!:i um ou oulro colono. De caso pensado fazemos esla declaraç:10. Havia dnte e dois a nnos, que achava-se fundada a colonia de Drlém, e • nem de Hespanha, nem de Pol'tugal , n em de qualquer oulro paiz dn. Eurnpa tinha vindo genle povoa i-a! Os poucos moradores cslc1.– varn como sequestrados do mundo civilisado, e nenhum a uxilio quasi recebiam de uma e oulra meLropole. Viviam en tregues aos seus proprios recursos, e em luclas cons tantes com os sel vagens e in vasores. Feitas estas considerações, passsaremos u salisfazer o nosso compromisso sobre as pretenções da França. ás terras do cabo do Norte. E' uma ques lfLO que se prende ao passa.do e segue até nossos dias, pelo que t eremos de sacrificar a ordem cru:onologica do as– sumpto pl'incipal de que nos occupamos, para J:!Odermos ac~mpt'!-– nhal-a nas differentes ~hases do ~eu desenvol_,~1menlo. ~era uma digressão tal vez anlec1padda, potrem, 1d1ecdess 1 arm e prnve1dl~sa.l n~ t rniiclacle· pelo menos emons rara . ~s e ogo o nosso 1re.1 o a • ~~s~; terras' Ião ambicionadas pelos francezes, quão defendidas pelos nossos progenitores. . . ::_--,---:---:-.,d:--1\:..I es u 1 ·st da Cumn. dt 'mu, L1". 111, C::1p. IV. ( t ) Jose e 1•ora _,,, · r ✓' •
RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0