Revista da Sociedade de Estudos Paraenses Jul - Dez. 1895

1-16 mais as relações elos raros colonos q.ue .ª formavam. As guerras contra os invasores do Amazonas absorviam a altenção geral elas auctoriclades c0nslituidas. E aprisionar, escravisar indios era a preoccupação constante dos eurnpeus que rezidiam cm Bel& t. Nem havia outro meio de conservai· as conquistas, de obler operal'ios e recursos ! Pó~P.-se dizer que os colonos dependiam elos ·indígenas nos menores m1sle1·es ela viela, desde o rude trabalho ela caça e ela pesca até o mais insigni flcante serviço domestico, ele terra e de nrn.1·. Havia carencia de tudo. Da·metropole nà.o vinham nem braços, ne_m capitaes, nem mer~aclorias. ou quaesquer ge_neros ali– menticios que poclessem suppr,r as mais urgentes necess1cladcs dos colonos. Longos mezes se passavam sem que de Hespanha ou de Portugal chegasse um. só navio ao porto de Belém! A lavoura era escassa e limitava-se aos productos naturnes do paiz. O commercio tornava-se impossivel em vista das prohibiçõcs decretadas acerca elos estrangeiros. A pobreza, senão mizeria acossava a lodos sem distincç~o. Em geral os moradores andavan~ descalços, esfarrapados e fammlos. . A_ vc_s~irnenta u~ual era de panno grnsso , e essa rnesma parca e 111suffi_c1ente. A alimentação era ele generos elo paiz, e nem se 111 _ pre havia c{uem a fornecesse regul~rmenle. Fallavam muitas vezes º.sal '; o lr1g?yo1· mezes c?n~eculivos.. Na carencia ele pão, recor– riam a mandioca de que faziam a fa.l'mha, e desta conto elo peixe elas drogas, dos prn_eluclos 11atm-aes ela terra ser·•,iam-se para pcl'~ mulas nas lransacçoes; e na falta de moeda os fu1tc' ;"'' "l:10 11- 'fi . ·1·t ....... •·• s pu ) i- cos, os oi temes 11111ares e os soldados reccbiam-n'os em p·a·, , to de seus ordenados e soldos. g, mcn- . Raro era_ver-se em circulação uma ou outra moeda metalic- Sc alguem a linha, gua~·dava-a para occasiõcs ele a )erlo •e •~· lrocaYa com avullaclo ag10. As compras e vendà ., 0 {,a li ' só_ <l ctuavam-se pela pen nulta de uns objeclos por 0 jt ue_nlc efle- t ·"do e t · t li . hJos, po1 preço-– ax~, s m po_s tuas e o cunse 10 nrnn1e;ipal ! A de . •. ~ social não podia ser maior: imperava a vontad • s~_i gan,sação agentes do pode1· publico, e era consequente a . e,. capLLcl~osa dos soffrimenlos que acabrunhavam a nascenle p e Sellc de prwações e ele recursos ludo myrrava; sómente na e~imfvoaç~o: Na cal'encia medrnva o arbill'io dos mandões a rnakl-i:le . ª ªt~fhclt~a ~a co lonia . ' • con ra os mdigenas !

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