Revista da Sociedade de Estudos Paraenses Jul - Dez. 1895
133 . quando as julgava fundada s e sem delrimcnlo da causa publica. Em n ada nllerou as adminisl.raçõcs das aldeias: conservou-as Laes e quaes eram; sómenle prohibiu a creaçà.o de oulras além elas exis– Lenlcs. -Concêrl e u á camara municipa l a lcgua palrimo11inl de len as que lhe rcqncl'Cra o conselho da mesma (1). Vedou o rcsgalc de· (1) Carla de donrtio e sesmaria da lt!gnn pntrimoninl co11c,•d1d,1 ,z rr.mar,1 111111,i– cij>il de Belhn em I de Sl'lembro de 162i:-Frnncisco Coelho de Carvalho, do Conselho de Sua r.Iagestadc, Familiar do S:inlo Officio nos reinos de Portugal, seu Go,·crnador e Capil:\o-Geneml no Estado do Mamnhc.o. Faço saber ao; que esta minha Cana de doação e sesmaria virem que, havendo respeito ao que nn petição ntraz escripta dizem os officiaes da Camarn d'esla Cidade, e visUlS as causas que allegam, hei 1jor bem e ~erviço de sua Mageslade e pelos poderes que d·ene tenho, dar e doar d'este dia para todo sempre , por carta ele doaçilo e sesmaria, á dita Camam d'esla Cidade uma legua de terra ao redor d'esla Cidade, e Iodas as datas que· dentro da dila legua estiverem dadas e 0 sejam adiante, para que fique a dila legua de terra livre e isenta para o Conselho com todas as suas aguas, lenhas, madeiras, serventias e pastos que na dila legua de terra houver, da qual n.1o pagarão pensão, nem tribulo algum, salvo dizimo a Deus :Kosso Senhor dos frnctos que d'ella hou\'erem, em esta minha Carla de doação e sesmaria que mando se cumpra e gu_arde inteiramente como n'ella e em meu despa• cho se contém. E mando aos officmes a que pertencer deem a posse e demar– quem a dita legua de terra á Ca~111ra d'esta Cidnde ou a r1uem seu poder tiver, para que a logrem e possuam .ª chia Can~ara e seus ~uccessores, e para que d'ella e em ella façam o que lhe_bem _nprouv~r e e~t1ver co?10 co1~:1 sua propria, que de hoje p:ira sempre he, e esln se_ re~1strara nos ~1~' º? cios Registros d'ell~ para que em todo o tempo conste em como esta fc1ln esta mercc a rl11n Cnmara desta C1clacle. Dada n'esta Cidade ele Uelém ,ob meu signnl e :;;nele de minhas armas, em o primeiro de setembro de mil seiscentos e ,·inte e sele annos. E eu Theodoro Teixeira, escri vão das datas e demarca– ções rias terras d' esla conquista que o escrevi.-Governador, Francisco Coelho ele Car– valho. Fica registrada nos Livros dos registros cl'esta Camara á folhas trinta e tres alé trinta e qualro. Registrada à folhas cento sessenta e uma cio Livro nono que serve n'esla Secrelnrin ele Estado de datas e sesmarias. Pará, seis de novembro cie mil setecentos quarenta e seis.-Mnthias l'aes de Albuquerque. A uto d.: fosse dn mesma !egu", j>10Cl'di.!o em 29 de marro de 1628:-Anno do Nas– cimento de Nosso Senhor Jesus Christo de mil seiscentos e vinte e oito annos nos vinte e nove dias cio 1~c1. de n~nrço da dil~ era, junta a C~ma_:-a ~esta Cidade, fomos á Campina cl'ella, e sendo ln pelo \te~P.ndor ~1:us ,:elho_Gregon~ l ere1ra por_ ~:to e~tar o procurador do Cmiselho presente, fot requemlo a mim tnbelltão e ao memnho Antonio Saraiva Soaras, que por virtude de uma cart,l cio Governador cl'esle Estado em que fez mercê á dita Camarn cm nome de Sua _Magcstade ele uma legua de terra para baldios d'ella, da qual me constou l?ºr fé do Escn_,·,,o da_Camara <1ue presente estava. como dito he, pelo dito Vereador mms velho nos foi requen do lhe dessemos posse cm v1rt11cle da dita Carta da dita Jegua de terra, e logo.º dilo meirinho e eu Tnbel\iào investimos aos clhos officiaes da Camara na dita posse da ~tia lcgua de terra, metendo na mào de cada qual dos ditos officines terra e ramos dn dtla terra _e lançando-a para o ~r, ~ o dito meirinho por .Ires vezes apregoou em voz alta se havia. nlgunm pessoa que a dita posse da elita legua de terra viesse com al,,uns emlu rg.:>,;, e ,·1slo n:l.o haver pessoa alguma que viesse com em– bargos á dita poss~~ e n;io h~,·er á_ ella contrndição alguma,. houvemos aos ditos officiaes por metidos na dila po~se e 11~vest1c~os n'e!l~; e_ de como assim lomarnm a dila posse, ns– signar.io aqui todos e o Ouvt~or 1 era 1 e_1xe1ra por mandado de quem fiz este auto e a:;signo1.1 0 c\ito nwirjnl10 1\lcmde d'esta C1cjade que presente estava. E eq Francisco
RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0