Revista da Sociedade de Estudos Paraenses Jul - Dez. 1895
132 apromplnr para este fim uma respeitavel expediçã~ r~e muitos in– dígenas e soldados, sob o comm:inclo de ~eclro Te1xe1ra. Para fa– cilitar O desempenho ela comm1ssrw, pecl1_u es~e e obteve qn e, o acompanhasse um missionario. Chegado a aldeia dos tapuyussus, soube que no rio Tapaj ós, afflu~n le importante d? Amazonas, por onde então elle navegava, havia uma gran<le lribu, com a qual aquelles entretinham relações ele amizade. O nome cl'esla aldeia era o mesmo do rio á cuja margem de– morava, doze leguas acima ela foz. Avisados os moradores pelos proprios lapuyussú,;, da visita que se lhes ia fazer, prcparnram-se para receber os hospedes annunciados, sr.m nenhuma reluctancia nem receio. Pedro Teixeira prostguiu na sua viagem até o ponto indicado, mas cauleloso, não se approximou muito da aldeia, para pl'cvenir qualquer cilada elos índios, de quem sempt'e desconfiava. Desembarcou em log~r afastado, que lhe pareceu de mais faci l de– feza e, só depois de bem forlificaclo em terra, entrou em cornmuni– cações mais ou menos clit-ectas com eis lapajós. Nãü permaneceu, porém, por mnilo tempo no eslaclo de pcl'– plexidade em que se collocara. Convencido cm breve elas bôas disposições dos indios, entrou na aldeia e lá encontrou muita gcnle de índole mansa e affavel, sendo informado ele terem alguns con– vivido nas possessões hespanholas, elas quaes se haviam ausenta– do por vexames e amor ás suas tabas. Esta convivencia elos euro– peus_modificara-lhes ele ~lguma fôrma os ~oslumes e seguramente 111flmra para que ~ expedição n~o conse~?1.sse_ o fim desejarlo. , O bom nc?lh1me~~o ~ad? a Pedro l e1xell'a nrto correspondeu a s~ia ~xpectaliYn. Foi 111s1g111fican te o resgate. A povoação em sua rna10ria_, n~turalmente escai:me_nlacla elos castelhanos, mos trara-se contraria a tal_permuta de rnd10? 1~o r mercadorias. Entretanto 0 ~hcfe da exped_1ç~o regres~?u satisfeito, P?r considerar-se O prim~i- 1 o clescolmdor ~ aque11e 110 e de uma tr1bu tão numerosa de !- vagens, como era nquella. se , . Havia enl.ão quasi doi~ an~os, que o governador Francisco de Cruvalho se achava na capitania do Mar'l!lh~, 0 e J'a' e. t 1 . "l d p , e " , < Ia empo ( e v1s1ar a o ara, qnc lambem devia merecer os seti · 1, l E. d ' d J ' l t· ' S Clll ( cl( OS 1 omma o c1 es e sen 1mento, mandou elle re ar . · ' em que embarcou no dia 15 de Abril ele 16/7 f'p, md um patacho, l • c1 d ·t .., , a.zen o-se acompa- n 1:11 e nas possan es caravellas depois de t , , l' t . < governo á seu filho Feliciano CoeH;o ele CarYalhi 1 dt L e~. ~elgaclo o o sen~1do da camara municipal. , e acco1c o com l~hegado ao Pará, foi recebido com d l , _ publico, e nrto tarclou que elle come _ emons_ raç?es de r0gosij o resse o estaclo da colonia, ouvindo e ç:ltse 1 ª ex 1 arnmar com intc– < _enccnco as recl~maçõcs,
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