Revista da Sociedade de Estudos Paraenses Jul - Dez. 1895

128 nançus a pé e a ca\'allo. Os qt!e podia_n~ es~uivavam-se ao set·viç?, ent;Ol'))OL'anclo-se na -companhia de pnv1le9 iados, reservada aos _c1- LladMs elegirnis para o senado da. camara. Ern este sem _duvida 11111 norn i11stt·ume11lo de lyr:rnrna sobre os pobres e hum1lucs, e 1 1 rn mulivo de excepção para os L'icos e poderosos. Este bosquejo, emborn reslriclo, da posição relati va e ela dc- 1,eudcncia que cnlt·e si linham, na colonh, ?s di!Tercnles grnpos da população, _leva-nos ~ formulai· cm _brc_vcs lermos a sy_nlhese tio edificio soc:1al. Em baixo a plebe de tncl1os e negros afl'lcanos, incessanlemente renovada pelo affluxo das rccenles levas: aqnel– lcs clesappa reccndo graclualmenle ao conlaclo da civilisação, csles para se funclil'cnt com o elemento in0igcna e o europeu, formando a nova raça inlelligente e válida. Acima d'esles, os colonos rcini– colas e filhos ela terra, com igual pendor para a ociosidade, e as · mesmas pL'elenções de ascendencia heroica e nobre, disputam a posse dos cargos eleclivos, e cobiçam scrn esperança os postos elevados elo g0Ye1·no, que o ciume da metropole reserva exclusirn– mente aos seus enviados. Eslijs no passo mais allo ela escala social são os u11icos próceres e verdadeiros senhores da colonia; á su:~ frente, e cncnrnando em si lodos os poderes, esladêa-se o govct·- 11aclor. Ahi começa a opprcssno que, lransmillida de degráo em degráo, se vac tornando mais violenla, alé chegar ao derradeiro onde o l'crro·cm braza e o azol'l'ague cstigmalizam os dorsos elo~ míseros escravos. .. . F'óra do qua?ro,_ se nos deparam os membros das ordens reli- giosa~, crn prom1scu1dade com as outras classes, mas sem ligação e~pcc1al com qualquer d'cllas, e 1,1restando_ o c~nclll'so de sua inllucn– . cm a uns ou a outros, segundo as convernent;taS ela occasi"o Ei·a . li . . d l l < •• • < lll e es os pr1nc1pnes e en ores e advoO'ados dos índios cnt cuJ· l · 1 li ·t I r · •º· ·, .o ta- la 10 o prcco11ce1 o gera ,azia cons1sln· toda a riqueza elo E• t l E l · 1· f 1 • l , s ac o s a 1cca, a su e1_u s1, conver era- se cm realidade, pela exclusão d~ todo o 1.rnbalho ltv1·e; e co1no, escasseando os indios os 111 • • • " · · 1 . · · , 1ss1onan os et am o mais poceLOso obslaculo c1ue os sublt·a1 1 · 1a . 1· · ,1 · d ·l . f' . . ' • av1uez os 1,101 uguczcs, oiam-se accumulando conlm ellcs os od' l' l l ·d t· ~ 10s an 1gos rat uz1 os em rcpe 1üas t·epresentaçõcs ao go,·ei·no 1· l ' e · 1 · , e ,l me ropolc omo nesse cmpcn 10 OS Jesuilas eram os mais const _ · · sobre elles re<:nhia mais fo1-le a odiosidade. e "já no le~lle::.d lam~~lll - e< os moradores cntcndian1 que na exl)tlls- 1 P0 1 . _e Vieira. 1 • r . " ao - e os re 1N1os d u cornpan 11a 1azmm lanlo serviço a el-rei c l' l " ~s a 11 dos hollanclczcs )> (l ). omo m 1am feito na. ( r) i?<'SJ. a()s capitu/()s, X X V.

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0