Revista da Sociedade de Estudos Paraenses Jul - Dez. 1895
127 ram arrematados por dez mil e cincoenla cruzados, e separada– mente os do cravo e cacau por vin te e qualt·o mil; o imposto sobre os courns, os awiles, o algodão; e, mais vcxatorios que todos os oulros, os donativos, que, sob a falsa designação de volunlarios, v iolcnlamcnle se cxlorquiam aos moradores. Taes contribui ções, primeirnrnenle obtidas como provisorias, acabavam por torna r-se perpetuas pela diligencia dos gMernndores, que d'isso faziam um lilul o com que se rccornmendavam á munificcncia regia. (1) Ainda as,im não eram estas rendas bastantes para se pagar aos filhos da.!'olha e salisfazer as necessidades do Eslaclo, e deven– do a co1·ôa, cm Lodo o caso, explorar a colonia, como uma fonte de lucros, acudia-se á insuff1 ciencia da receita com especulações di– versas, por conla da Fazenda Real. Deste numero era o trabalho das salinas, e o dos p·esqueiros na il ha de Joanncs. O governo es– peculava lambem com a inlroducção dos negros de Africa, mas, no que parece, sem grande resultado, e-«perdendo os considera– " veis inlercsses que poderia lograr cm oult·os gencros, cm que se " poderia lira r um lucrn de seis c<mlo.s po1· cento» (2): E' proYavel que elos resgalcs feitos por clclc rminaçict0 e á cus la ela corôa, ficasse a lgum excedente entre o lolal elas despezas, e o preço porque as peças do serlão,-termo com que designavam os indios capli– vos- , eram cccli<las aos moradores (:3). Mas nada disto . ch c– o-ava, e o desprazer enlrc . os diversos clcmen los, que com– punham a população dominante, era geral e reciproco: dcso-óslo dos funccionarios, mal pagos ele seus vencimcn los; elos nal~ta~'s da terra, onerados de lrilrnlos. e sem esperanças ele melhora: e fi– naltncnle dos colonos recem-chcgados, illnd idos em seus calculas de rapida opulcncia e de facil granLlezu . Convém_ cilnr ainda_a obrig?çilo do ser viço ~11ilil:1.r, irn posla a todos os hab1lnnlcs, na mfanlen a paga, e nos reg1mcnlos de on1c- . ( 1)- " Estabeleci a V. l\[. ~1111 don_ntivo no Pa_rá e no Piauhy, n'este ele quarenta "mil c-ruzndos e n'nque\le de mmtos ma'.s, pela suav1dnde com que o pratiquei, a qual 0 11 facilita n perpetuar-~e ,._ _ R rpresent11rao do Cov. Alc.x1111drc d e Sou=a J,i·circ a el -râ D. J oâo V, i\[ s.da Dtb. E1?orense. (2) C. R. 16 nov. 1b97. . ( 3 ) J. F. L is~a r~fer~ ~~e !1'um lino da re_ceit.1 e despeza dos resgátes em i 6 93 , consta que por cada 111d10 c\Jst11lm1do se pagava o imposto de ~ooo reis a e! rei e 111 . • . d . T d . ~ , ' ais 3000 r_eis para os g~stos as n~tssões._ sto evta ser o custo dos indios. Em 1 732 era de trez nu\ crnzndos a 1mport:rncrn c0Ds1gnada annualmente para os resgates. Rei)resei 1 t. d . . l I d li l b 1· · · ,tn o contra a ex1gmc ac e e seme 1:rn e ver a, que 1m1tava a 240 o numero das IJres~s 1 - • P ·. O • · d . "·, e 1z1a a Camnra do ara. -(( pteço mais co~11110 o em que se pode avahar cada res<r l é . ·1 . . 1· 1 . ' ,,a e o 11 ele cmco 1111 reis para se comprnr um me 10, e epo1s que n'esta cidade se emprerr 1, li /,' · t ,. 1 -, , , ,,am nos " i::eneros ~ e es. n- , equrnmrn ,, sovrc a /cl<"J"a11ae ,/,,s rc·sg-ates. i\ls. da Bibliotheca 1 , u. b\Jca de Lisboa.
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