Revista da Sociedade de Estudos Paraenses Jul - Dez. 1895

217 E .·li'dlrt elo C:nrncini. com maior numern ele commencladores. grü– cruzes. officiaes e carnlh t1iro:;;. do que haria de hnliil anlc,; nn c:npilal rla republica. Este go,·emo porém rlurou pouco: um nn110 npcnas linha decorrido, que o ministro deponha o presidente da nora rom– munidade política. O Estado independente do Cou11n11i linha desa– parecido ! Qunesqu er que scj i\u us conven ções entre ns co111missões de limites ou as cleeisõcs dus inl r r<'ssados, a soluçüo ,4J1·ox i111a-sc:, porqnc o lcrrilorio, ha pouco, solidão sem valor aprer iuvcl, é a 6 01·a -con hecido, graçns .is explorações ele Co nrlreau, e Sl'US recnrsos de:;– pcdnm o nppcli te elos visinhos do norle e elo s11I. A populaçi,o, :wa– liarla cm 1500 na prnclamaçno ela ephcmera i11rlepencle ncin. e le– Ynva- sc ao dobro seis ::urnos clcpoi;;, e o cornmcrcio nnnnal j,i ai– Unge a mi lhão e meio de f'rnn t:os. Os vapores costeiros qnP ))Pr– corrc 111 lodo o lilloral S111-Amr.ricnno, rle csrala cm escala, si111 ai nda clcsconhocirlos en lrc- a lüz rlo Oynpok e a elo Amap,í: cnlrL'– lanto uma naregaçüo ncliva faz-se por canôns, clw111adas «lapuyas", elo non1c dos inclios. Es tas embarcações de 5 a lii lonclnda!', !'iiu de cons lrncçi\o intligena: a este res peito os Guyanezes inclcprn– dcnlcs sno mais industriosos elo que os h,1bitanlcs rla Guyann fran cczn. As pequc11as barras cheias de bancos não dão .tcrcsso srnün a naYios de pequena ni·q11eaçft0: n nallll'eza porém dr u-ll1cs o n,c– lhor nncorntlomo rla c:ósla entre o Orcnoco e o Anrnzonns:-a IJa– cin prol'un:la do C:arapaporis qne abre- se á l'cslc ela ilha i\larnd e que foi prornvclrnente en1 <'pocha pour o remoln a fóz do At·ngunri. Este log-nr rle refugiQ, nherto cm grandes ma1·es perigosos, onde cstrondu a pororoca, púdc lornar-sc n\rn1 elas molhe,; mais fre– qucnlncl os do All nnlico. 0 ;; cou nnnienscs nào cxplornrn ns nlluviüe;; aurife1w; rios ni lle:-: mns ris vastas cnmpinas pcr1nill cm-lhcs possuir granrl C's rcbn11l10s: segundo Condrea11 1 ha 18,000 bois <>nlrc o Oyapok e o Aragunri: a indusll'ia pnsloril cslcnd e-se mesmo fóra do r.onlinenle, na ilha Lk l\farncá, ha pouco completamente descria. A pesca é m11 ilo abun– dan te: os lagos nbnndan1 ern pirnrncú, que salgam para ,·cnrlel-o: 110s mcrcndos de Cayenna e F'nrú. Os pescadores arpoa111 lambem o peixe-boi e tarlarugns, matam os bolos pnra exlrahir-lhr s a grude, e nos mallos cxli·ahem borracha e oleos preciosos. A popula ção, de ori_;em brnzileira no.:; dois terços , fula .grrnl– lll cnl e o icliollla porlugucz: lor1arin toclos conhccPm a lin;rna crco– cn fran ccza ele Cayen11a n1islurada ele pala\'l'as incligenas. Porluguc– les, Marliniquescs, e crcolos francczes cons liluem o out ro leroo zom os mestiços indigcnas , que só elles, ha pou co, habilnrnm a 1·c -

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