Revista da Sociedade de Estudos Paraenses Jan - Jun. 1895

• 91 Tralando nos capilulos antc1·ior3s elas faunas das ilhas VJ:,l– lndns pela cxpºlliçrw, cu ~empre enumerei ?U as cspecies ou pelo 111 enos o.;; gcncros por nos enc~nlrflflos. Visto a diversidade chis formas este melltodo me levaria, em relaçilo ao Pará a occupar um espaço maior do que o disponível n'esta obra.. Todavia tencio– nando dar ao leilor urna idéa_adequada d'aquella faima, quero enumerar o total das espec1es, pertencentes á cada familia que consegui reunir em 6 dias mediante trabalho diario d~ Ga 7 horas no dia. D'esta arte cada um fica1·á habilitado ~i fazer uma couiparaçãü i:om a fauna patl'Ía. Salientarei diJferenças que de modo especial se descortinam e farei urna tentativa de un~a ex– plicação provisoria para tacs differenças. Infelizmente não foi-nos . dado ,·isitar a Ilha de Marajó, que gosa da fama de riquíssima·em H.cptis e Aves. Encetando pela revisào dos rcrlebmclos, devo di– zer, que eu não ví mammifero terrestre nenhum cm estado ele ii- herclade. (IV) . No Tocantins cruzaram o nosso cammho alguns bôtos.-Aves eram ele modo algum golpeantemente frequentes. (V) O abutre preto (1 ), o varredor das ruas do Pará, vive na ver– dade cm numero avulladissimo na cidade. Vê-se, ou descrevendo bellos círculos lá nas alturas, ou sentado nas cumi ciras com azas cahidas. ou occupado nos sc..1s affazcres no meio da rua. Nno <S arisco, tão pouco, que quasi se deixa tocar. Explica-se isto pelo f'aclo, ele ser prohihido com multa alla, malar este rapineiro ul.il denlro da cidade. (VI) De Papa_qa·ios pouco se vê. Só umas poucas vezes vimos pas– sar um b::mdÕ d'elles em altura basta!1te consideravel. (VIl) Oolibrí,s Beija-flores) notaram-se isoladamente em arvores com flores (VIII). Um zumbido, que elles produzem com as suas azas, sempre nos fez clcscobril-os. No geral os aneciores do Pará niio Lerão vantagem considemvcl sobre a fauna elos nossos bosques cm relação ao numero cios i,_1di vid~o~ de aves. Muito maior, porém. seni O numero de espec1cs. Infelizmente. pouco pncle occupar-rnc com a prcpnraçflo de aves, visto que eu trnlJa-me decidi_do, a vigiar principalmente dur~nle ~ noss_a. curta .est~d1a sobr~ os_ mvel'lebrn– dos menos conhec1dos. As rn111has p1op1 ias exper1encias porlanln ni:to' me permittem citar mat~rial numerico. Singular _era em to_clo 0 caso que os poucos passarmhos pequenos, que a L1rn de espin– garda foram alcançados nas copas nltas rJns m·vot·es, pcrlencimn ( t) o nruM commum de ,-a/,,y,> j>,•l11da. (Calhartes foclens). . Dr. E. A. G.

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