Revista da Sociedade de Estudos Paraenses Jan - Jun. 1895

lherapo~licas, dose.;;, <' algumas analyses cliimicas; eis os topicos que a11t'lram .º vas 1 lo campo as n~inhas obserrnções. ' 1 .. « Julguei outrora, que as mmhas economias me dispensariam e 1m1~ortunar o governo imperial. Enganei-me : perdas soffridas em cl1ITerentes commoções politicas do Imperio, emigrações força– ~as e dcspezas ext1·ao1·dinarias para obter plantas e mandai-as c.esenhar, tudo, tudo tem corrido a fruslar os meos planos.... n N_üo sei se esse nolavel estadista respondeo-11.te . .. . ao menos. P,carum seos desejos só e111 projeclo, e a obra na obscuridade. _Por esse lcmpo em Seplembro de 1850 ins tallou-se no Rio de Jane~l'O. a Sociedade T'cllosiana, cujo nome recorda o à 'um Frade Dmzde1ro, celebre pelos seos profundos es tudos, infaligaveis traba– lhos, e cscriplos r elativos á botanica da nossa Patria. N i10 era passivei., que fosse esquecido o Dr. Lacerda, e em bt·eve seo prestigioso nome flgurnva no quadrn dos seos Membros. Penhorou-se muito o bom velho com tal demonstração d'apreço, e r etribuio-a generosamente com esla verba de seo testa– mento: « Deixo a minha livra ria com todas :is s uas es lan les e manu– scriptos, incluindo as collecções de zoologia á Sociedade Vcllosiana ha pouco fundada no Rio de Janeiro, da qual sou i\Iernbro, e rogo a esta Sociedade o favor de mandar coordenar os manuscriptos q.ue esti verem em desordem, afim de serempostos a ordem de Sua i\fogcstade o Imperador, para que, se lhe parecer, os mande im– primir. <e Se por acaso a dila Suciedade nã.o l'ôr avanle, rogo a Sau Magcslade a graça de dispôr d.1s mesmas collecções, e dos manu– scriplos como achat· mais j llsto ,,. Como elle p revia a Sociedade fundada pelo gl'ande Dr. Freira Allemã.o nü.o foi avante. Os ma.nnscri,ptos existem. ... mas ~1s riquissin:as e~lampas, pin– laclas em papel vellino, grosso, setmado, mmlo ltso e macio, desappareceram todas da Bibliotheca do Sr. D. Pedt·o 2. 0 ! Para desenhar e pintar as plant_as, que estudava, com _gr~nde clcspeza mandou ellc buscar do ~ ec1fc, cm Pen~ambu~o, o 1tahano Domingos Triburzy, distincto artista, o qual foi depois Lente no Lyce u Maranbense. e Eu vi muitas vezes na capital do Mal'anhão, das 7 as 10 horas ela manhã, 110 Largo do 1 Carmo na. c~sa da rcsidencia do pintor, u Dr. Lacerda junto a uma meza ass1sln· ao lmbalho cl'estc, semp1·e

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