Revista da Sociedade de Estudos Paraenses Jan - Jun. 1895

79 Era prornvelmenle um casal. l\Iedia um .:IJ e outro 27 cenli– melros. O maio1· deixava escapar por um elos golpes recebidos os ovos de que eslava cheio e que eram do tamanho de ºTãos de ervilhas finas. 0 A ser pe1-feila a gmvum dada por Brehm, dill'ere sensivel- 1nente a Lepiclosit-ena marajoensc da paradoxal. l\Iela<lc ele seu corpo é cylindrico, sendo a oulm melade acha– lacla l:1.ler:il111enlc. Esla ullima é percorl'ida pela· nadadcirn ventr:::l e dorsa l, que se unem em lomo da exlremiclade caudal. Sua côr é un iformemente escura, cô1· do· lujuco onde habila; suas escamas miudas. Poslo qu,~ existam as abcrtums brancltiaes ele lamanl10 nor– mal corno nos peixes do mallo, acary, tamual,i, jcjtí, os arcos hran– chiacs carlil::iginosos são nús, scn1 1::imella respi ralorin alguma; cnco11 tm-se n'ell es apenas umas pequenas prolubernnci ns nos iugares onde deveria exislir a inserção c1'essas lamellas. E' para notar que a alropliia elas brnnchias não tivesse dirninuiclo o cnlib1·e das fcncfas bnmchiacs. Os buracos das narinas acham-se na abobada pa lal iua per! i– nlio tlo conl omo clenlaclo da nrnxilla. Os dons clenl.es infe riores ela frcnle semelham incisi,·os ele mamrniferos, tortos, in·egularme11le ini planlado:-:. Nflo poss ue orgi't0s visuaes, verifica-se sómente a existencia (1e duas pi11linhn:;, :ilgum lanlo mais claras, que a cô r panla escmn c'.o :.llli1nnl, e elo lamanl10 de u111a cabeça ele alli11 elc, nus lugares onc e t.le reriam cx islir os olhos. Sua cn l'l1e, cl iffel'cnlc tla dos peixes prnpi-iamcnle dilos, é nve!'mcllwcln e rle sabol' ngn1claYel. O rego tlo Jacan~rn ng-1·0 sccca rm Agosto ou cm St'plcrnbro e súmc 11 lc cm fins de Dezembro ou Jancirn é tJUC as aguas Lle noYo o c:ol ,rem; colll Ludo o lujuco do seu leilo conscrrn-se alolatliço tlu ranf e o ,·crft0 grnças rí5 aguas elas niarés Yi rns, que bimensal – wenf n o Ja,·"..1111 . .Duranf c o li i11,·erno ucoulccc Ullla ou oulra ,·ez pular, juulo do ca rnllo ou do boi sobre o qual se viaja , pelos campos cobertos ele w11 a quatro palmos cl"agua, um peixe que pela rapidez ela a~çiio inesperada, ~e nfto póde Yc1·. _E· possivcl 1 que seja :~ Lepido– strcnn smprehend1<la no neto de YJr a lona d agua respirar. Que os peixes elos lar;os subterraneos ela Dalmacia sej am CC'gos, comprehcndc-se, poi::; inuli l se~·iam os olhos 011clc n lu,, elo sol não penetra; para os peixes porem que 110s occupam, poslo que, durante cinco mezes, vivam na escuridão, cnlen ndos no lodo, os orgãos da visão seriam preciosos rluranle a cheia, epocha cm

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