Revista da Sociedade de Estudos Paraenses Jan - Jun. 1895
nivcllaclo com suas mal'gens, ele modo qu e sú sabem poi· onde elle passava os rn ll1os moradores das circumvisinhanças. Qnando fomc,s explorai-o, não o enconlrnmos; passamos acleante sem o reconhecer por não havei· depr<:ssão que o denun– ciasse; snbimos enlilo por um pequeno igarapé conhecido por– igarapé Graça - , sett affl uenlc, o qual abriu-se um caminho al1·avez o labocal depois de c/fectuada a obstrucção elo grande curso fluvial. Do baixo Tnrtan1gas só existe a foz larga de duzentos e cin– coenla 111 c:l1·os pouco mais ou menos, po1'6rn lã.O raso que á baixn- 111nt· nrLO conscrrn meio palmo lL1gun na sua pal'le mais prnf'uncla ! A exlensiio obsln1i da e ni vellada é de cerca tle 10 kilomel1·os. Aven tou-se na ullima sessão da Assembléa Legislativa Esla– <lual a imporlanle qncstiio ela desobstrucçiio do Tal'larngas. Eslc tl'aball10: sem duvida alg'Ulna, lrnria grandes vanlagcns por de novo 0Jferece1· á industria paslol"il mais de mil kilometl'Os quaclt-a– dos de excellcntes pastagens, 011dc poder-se-hia crim· de oilenla a ce1n inil cabeças ele g-aclo vaccum; cremos. porém, que as despesas– parn ctreclual-o seriam fú ra ele pwporçã.o com o valor elas terras a b<)neficiar. Não nos parece jnslo, que o Gove1·no desohslrnisse esse rio sem ullla conlriDuição imporlanle por parte dos propric– larios l'ihcil'inhos, que muito lucrariam com o escoamento. Na IC'gislaçüo franceza encontra-se n lei de 16 de Seple111bro de 1807, ainda cm Yigor, qur aull1orisa a cobra11ça de uni imposto lançado sobre os prop!'ielarios, qnc lucram de um moéio especial com os trabalhos executado::; no interesse geral, por ca usa do angmento de rnlor dos terrenos dessecados. Mas como os Le1Te– nos marginaes do Tartarugas pou1:o Yalcm, dif'fi cilmenlc se JJOclerin exigir uma. contribuiç,10, que valesse a pena, para auxili ar o Estado nas despesas. J,i o prnpl'ic: lnrio ela mai·gc111 di rcila do baixo Tarl::ll'l1ga~ ' n– lo11 melhorar as condiçõos acluaes dos seus catllJ)OS. Que1·l lo aprnveiltll' essas lerras baldias, abrio, com grandes dispe11< 0;-;, pastos arlificiaes nos lahocaes, excarnu largas e compt·illas v.tl las para esconr o excesso tl'agua nos campo;;, porém a onça, a pragn, o:; a.Loleiros a ::1 0-1rn superabundante causavam-lhe C-Ollslan lc::; pre– juízos até q~1e, 1~or fl111, 11 0 anno passado a cpizoolia reinante cm di versos pontos ela illrn, ~eif'ou-lh c n~elad~ do ga_clo :·nc_c:um, lodo rraclo eqnino cnprino e ov1110. O lnbonoso fazendeiro a v1sla destes ~cs ultados n~gnlivos tem pcrcfüla a esperança de bom exilo na sua tcnlati va.
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