Revista da Sociedade de Estudos Paraenses Jan - Jun. 1895

67 C:ornp:111l1 ia, 1111.o houve lempo de se n irificnt· a uli lidatle d'c.:; tas proddencia. O certo é qu(), cm 1700, a unica moeda corrente ernm os rolos ele panno e novcllos de algodão, es tes mu ila<; \"C'zes falsi1i – c_ados, com páus e trapos ve lhos no interior. Com esla ;·.1 occln, que tinha, como os outl'os prnductos, rn11 Ynlor tarifado pela camara. se pag·avmn os imposlos, os escrarns do scl'lcio e ele Angola, o sala1·io dos índios fô 1Tos, e os poncos ob.i ec:los que se podiam comprar: u·csln cspcciC', as tropas recebiam os so ldos. e os fi/lws rlrifollm,– .ippC'lliclo r.araclcrislico elos c111pregaclos pub licas- -, os se11s ordc- 11ados . Ainda nssim, mais in l'cli zcs emm os moradores do l\í.a1·a- 11l1ão, qu e viam fugir- lhes pn1·a o Pará ·esla moeda, por clles fnl si– licadn, allrnh ida pelo negoc:io elos escravos, quC' ern o rn1i co de rnllo em todo o Estado. De vez C'Jn quando, a lo11gos inlerva llos, chegan.1 11m nario <.lo reino, q11e Yinha buscar os produclos da terra, e trazer as fazen– das dn Europa, constiluin<.l o o Lraço ele união entre n colonia e o lllttndo civilisnrlo. Eslc commercio ex lcrio1· c1·4 porém Ião rlimi– nulo, qne npcnns dous navios inm cnn ·C'gar annualmcnle ao Marn– nhilo. Ao Pa1·fí, ::ii 11 da r.0111 mcn0s frequenc:ia Yinl1arn, e, queixan– do-se a Ca n,arn d 'cs te desamparo, respondia-lhe o Conselho Ultra– m:lt'ino que não pod ia ohl'Ígar os donos rl::is embarcações a man– dai- as ontlc n,lo enconlravalll c-argas, nem oulrns commodicla– cles ( I). A proliibiçfto ele Yircm :is colonias, para negociar, os na– vios extrangeiros, e a: obrigaçft0 de navrgarC'm os narionaes cm frota, imposla pelo i-isco elos c:orsarios, aggrnvavam ainda a silua– ç·ão. Ernfim, para dar o ultimo golpe 1w mcsq11i11ho con1r11 crcio, tjll C se fazia com a melrnpole, e dimi1111i1· o in l.<ircsse que os pal'li– c1ilarcs tcl'iarn n'esla nn vcgnçüo, cm 1GG7 a <:Ol'Ôa chamou a si o ll <'"Oc-io cio ferro, aço, vclorio e focas, pura co111 o se u produdo f'az~r for.e ás dcspczas, com a atlmin islração ela colo11ia. Eslcs arli– g-os, que seniarn de objQclos ele pcrn1ula co1n os ín dio!", eram vcn– di1los, a preços fixados, ar:is moradores, e pagos com produclos da terra, qi1e se exporluva_,u por ronta d~ fozcnda rcal. Egualmcnt.e e111 drogas, se r emcll1a!11 pnra o rc1110 os salrlos .elas rendas do _!!.'.,;lado qu;inrlo os ltavw. 0 ::; governaclotcs nC'gociavam la111bcm, c.onsiclc;ranclo os provenlos, qu e d 'nhi lirnrn rn, indispr.nsnreis pnrn. se 1iianlcrcm com o decoro devido r2). Da mcs111a forma os reli– gio5os e missionarios, que podiam receber ~o reino rn crcaclorius e embarcar-•< as tlrngas que lhes fossem precisas para elo produclo ( 1) C. R. d.: 16 de Kov. de 159i• (2) C. H. d~ 3 de Dez. ele t 6? 1.

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