Revista da Sociedade de Estudos Paraenses Jan - Jun. 1895

Gú A alime11laçrt0 u::;ual, que conslara de caça ~ pescado, sentlo, alrnndanle nos primeiros lempos, foi rareando ..1. proporçiio que augmenlava o nurnero dos llabilanles. As lerras, sem aman_ho– cleprcssa perdiam a primilirn. fcrlilidade, e os moradores se re tira– vam, passando sua,; casas e lavouras L)ara oulros lognres. A exle n síio cio lerritorio, e a Lli::;persüo dos povoadores lornnrnm sobrc– maneirn penosa a cxislcllcia. ern l'::lZit O do isolamenlo, clislundo ns fnz1.:ncla::; rnuil.,s kguas umas das oulrns. O commerrio inlcrior_c1·a nenhum , de fórma que cm todo o E:slado do l\far:-1nhflo ni\o liana- " açougue, nem ribeira, nem horla, nem lenda onde se ,·cndç-sscm u as cousas usuars para o comer orrlinario 1,- (1). A permuta de serri ços, inclispensarcl u\1ma so<:icdadc poli cifllla. Cl'n cousa dcs– <:onhccicla ;-ue semlo que no Pal'á lol os os cami nhus são por rc agua, não ha ei11 lodo a cidade um barco 0 11 r nnôa de aluguel ,, parn nenhuma passagem 1,- (2). Carla familia vi,·ia sobre si, e enol'mc era a quanlidadc de famulos de que carecia. Assim :;e explica a nccc:;;sidacle nunca salisl'eila de índios, e mais lal'de de escrnvos negros; por isso quc,-dizia Vieira- (( pnrn um homem " ler o pão ela lctTa (farinha de mandioca), ha de ler roça, e para u·r.omcr cal'ne lia de ler caçador, e pura comer peixe, pescador, e " parn ,·cslir roupa larncla, laYacleira, e pnra il' á missa ou a qual– " quer pm·le, ranôa e ren1eiros »- (3). Maior ainda era o pessoal das casas mais abastadas, 011dc além cl'esla intlispcnsarcl clientela se cnconlravam ai11rla as coslureiras, fiamleiras, e os Lccelõcs, sa– p:üe_iros, ele. Calculc-?e , ,t vista_ cl'i~lo, a lt·isle sorle elos que nrto poL1iam ler esles sernçacs, e a 1m·cJa com que seriam olhados os colonos, rnnis arortunados, que os possuíam. Não havendo· troca llc produclos , nc111 Ll e :c:eni~.os, 11;10 se fazia lmnbem senli_r a ncccssiL1:tclc ela. moeda. l 'i. pou:.:,1, ele pr:1la e uuro, que appa!'cc1u, ou rullavn ao re1110, c•111 pagameul o dos o-cnc– ros recebidos, ou Cl'a fundi1lu c111 jui:.is, e obj edos do culto divitl'o. F.111 LG8-1 !"oi a Co 111pa11hia elo :Marnnhuo obrigada a inlrolluúr cada un110, ª. quunlia ele mil c1yzaclos, e_n1 11101\tla <le prula e cobre: e parn ?nlar o <1cs,,~p,uccm1e_nl.o d csl.1 , llck nninou-sc que nüo linvcna cm loLlo o EslaLlo mais que dous ouri ,·cs, um em s. Luiz e oull'? cn1 Belcrn,-" qnc C't·am m,ui sul'firiC'nlcs pum O concerlo elos « calices e ala111padus »- (,l). S,omo por ém l'oi cmlu u dmaçào ela ( 1) \ºicirn-Rc.<j>iJSltt nos Cnpitu/,,,, cnp. XX , ·. l z) 1,lem, iclen1. l3) l clcm, illcm. (4) C. 1\ , de 2 l\e St!l. r\c \ 684,

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