Revista da Sociedade de Estudos Paraenses Jan - Jun. 1895

• -H Em viagem encontrou a Luiz Aranha que Ja rearessava de -~urup:í, s~m. ler podido dar ~ombate aos inimigos emcconsequen– 'c1a da exrgurclacle de s uas forças, comparadas co111 as daquelles qn e ernm bas lanle numerosns e se nchavam bem fo1·tificadas. Asse– gurára entrclanto ser fa lso o honlo: nunca estivera em pcrirro nem ce1·cado. E' de prever a impressão ngradavel que causo~ d toe.los este inesperado enconlro. Houre breve conferencia entre os officiacs, que Iogo depois scpnrarnm-sc lomando cadn um O seu poslo. Natura lmen lc de accordo com qualquer rcsoluçfLO cnlão to– macla, Maciel Parenlc nssnmi 11 o commanclo geral cln força, e man– dou n Lniz Arnnha relrocedr:r· pelo lado ela costa com Pedro Tei– xeira e loda a gente qu e scg11ia no ca ravellão, incumbindo-se cllc de ir com as canoas pelo lado de lcrrn. Deviam uns e oulros exa– minar os ltrrrarcs por ondr. passassem, e rr. unir-sc cm Gurupá 0 mais breve O possivcl, o que f'c lizrn cntc cons0guimm sem inci– dente algun,. Houve apenas_ a rlemorn ele Pedro Teixeira que somente dias depois poudc ai, chegar. A sua cmbarcnção scpar:íra-sc da ele Luiz Aranha, e eslc,, 0 quasi pcrrl icla se nr pilotagcn\ ~rrast.. :cla_ por f'ol'lcs ventanias e cor– rentes rl 'agua, cm cima. de bnrxros e a vrsla ele alg11ns navios inimi– gos que bordejavam na cosla. Quando todos j:í o ju lgavam preza dos estrnngeil'os ou viclima ele qualquer naufragio no mar, appa– t·eccu O cn ravcllrw fundeando !10 ancorndo~11·0 escol hido, onde j:í se achava reunicla lorla a. expedrção. A nlcgl'ln não podia se1· maior. Co incidia com a chcgncla. do reforço de genl.e, que Maciel Parenle pedira ao seu lugar-lencntc, ao ler cm viagem a noticia aterra.dora sobre O cêrco e perigos ele Luiz Aranha. 8ste rcfoJ·ço era de sol– dndos e índios commnnclado:; pelo nlfe1·cs Antonio de Amorim. Confiado nesla força. e na valentia de seus chefes, Maciel Pa– rente preparou-se cm linha. de combale e esperou o inimigo. mns dcconeram muitos rlias sem q11e este se movesse, apezar rle cslar á visla, e tal inaçfLO ou tac trca ob rigo u-~ a mudnr· ele plano. Resol– vido en luo a toma r C' l1l l<'nn a offcnsrv::i, trntou rlc cffectuar o rlesembai·que de suas lropas _e de al:~eat·. a forl.ifi eação cm que se achava urna numerosa guarn rçãu ele ind,os, hollandcz0.s, francezes e inrrlczes todos entrincheirados e rlispostos á luta. 0 O co~ 1 bale foi vigoroso e tenaz . Nem bem começára o desem– barque, e já as balas e l'r~clrn.s se cruzavam. Maciel Pnrcnte avan– çava com intrepidez e anrmnva as suas phalanges sem pertmbar– se no meio do perirro. Balido em varíos pontos, o inimigo abando– nou tudo e fugiu. Seguindo- lhe no encalço a.hi e na ilha. elos 11n– c11Jús, pnrn a. qual depois se p::issarnrn, os vencedores ainda cncon-

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0