Revista da Sociedade de Estudos Paraenses Jan - Jun. 1895
39 de Julho ele 1621. Peclrn Teixeira lh'o enll'egou sem a menor reluclancia, se11do depois o seu mais poderoso auxilia!' no o- 0 _ vem o da colonia. Conhecendo-lhe as virtudes, Maciel Pal'Cmte t~·a– lou de imilal-o nos aclos de civismo, e csf'orço11-sc por conquistar– lhe a sympalhia como umn nccessicfade de ordem publicn. Nesle inluito não lhe escasseou a sua confiança. Poucos dias depois de assumir o gove rno, deu-lhe o commantlo de uma expe– dição contl',Los sclvngcns de novo rcbellados, e cm Junho de 1622 o encarregou de abrir uma cstracfa ele Be lém ao .Maranhão, afim de facilitar o transilo e o comrnercio enlre as duas capitanías. (1) Pare- · eia enlretanto que Maciel Parente rccciava da popularidade de Pedro Teixeira, e de proposito afastava-o do centro da colon ia, onde talvez julgasse ser-lhe conlraria a sua permanencia. Incumbia-o de commissões importantes, é certo, mas que só podiam ser desempenhadas em lugares ermos e distantes. Como quer que fosse, nunca elle se escusou ao serviço poi· mais arduo que lhe parecesse, e emquanto nas. matas p~rsegu ia os selvagens, ou traçava a estrnda pl'ojcctada conforme as 1_nsl_rucções rece_bidas, o capitão-mór :wgrn entava na povoaçào as torltficações, a111rnava os trabalhos rnrnes, fazia em uma palavra Ludo por agl'adar e attra– hir os habitantes, o que aliás nrw po11dc consegui!' como· desejava, nltcnta a aspereza de seu gcnio brusco e assomado, impossível quasi sempre de conl~r. (1) Bcrrcdo-An. llist. nums. 479 :i 489.
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