Revista da Sociedade de Estudos Paraenses Jan - Jun. 1895

2!) l'Osa du povonç110 á que já davnm o nome ele cidade. Se merecia la! pl'cdicamenlo, n:io o sabemos, nem lia interesse cm avc rio-ual-o. ~m lodo o caso, nilo seria infr rio1· á mnitas das nossas à: tuacs 1:1rladc~ elo .i11ler!or, embora considerada na peio1· hypolhcsc que se possa 1mag1nn1·. Mas gra nde ou pequena, opnlenla ou insignifl r.nnle. nós 11:10 a chnmn rern os nssim: dar-11 ,e-cmo. por orá o simples nome el e ,:olonia. Por mais acliv0 qu e fosse, o pad1·c ~[nnoel ele Mendonça não poclin pol' si só prnn10,·r.1· n con,·ersilo do gc11lil ismo ri fé r; hrist.'i e muito menos :í obcdicncia. Rôln a paz r·om os lupinamhás, lavrara a desconfiança c111 quasi loclas ns alrlr ins ronlrn os porlug11ezes, e estes viriam i,Obl'csallaclos e sem opcrnrios que os aj 11dassl•111cm sens lmballHJf". As difflculdadcs e Pn1barnços nngnwnt aram de dia parn dia. E Caslcllo Branco nãO rlesc:nnçavn de pccli1· 111issionarios ao governador geral. ómcnle cm /\gosto de J'GJ 7 ço11seguira que lhe chegassem cm clois navios frei Çliristovno de Sno José, frei Scbasli:10 do Ro– sa rio, frei Fclippc ele Sito J3oavcnlura e frei Antonio da Mcrciana. Servia-l hes este ult imo de c:ommissa rio. Acompanhára-os Manoel de Souza d'Eça, 110111 eaclo proniclor ela fazenrla ren l ela capilunía, <.:0111 socco1Tos e so ldos aos soldados. Estes religiosos rccolhcrn111 -sP ao r,,rlin,, n1:.1s cm bre,·e reco– nhece ram a inconvcnicn<.:ia ele sua pcr1nanencia no ccntr,J da colo– nia, e cuidaram logo de levantai· 11m pr.qucno hospicio no sitio hoje clcnorn inado l 11a, pouco nf'ns lacl o ele Bclé111, onde podcssern viver isentos ele suspeitas e cslranhos ao 111 ovimenlo lurbulcnlo dos co– lonos. No isol::uncnlo d'essc rcliro ser-lhes-ia mais facil realar as relações· cslremecitlas cios índios. E l~ilo <l cmo_rn u_ que ellcs se tmnsportasse111 parn esta rnodes la hab1Lnçilo, prnnc1ra que os fra– rl~s cclificarnrn no Pará conr o a11xilio desinl.cl' essado dos naturncs. Era 1.1111 pequeno convento de humildes proporções, coberto etc pa lhas'abalidns rlc pnlrneirns. cercado de pan â: pique, á margem orielltal do Gunjará, onrlc podia111 cnce1Tar-sc e vivC't' soccgados. Es lnbelccidos ahi, não se dcscu idarnm de cultivnr a tcrrn, planlanclo os cereaes inclispcnsaveis á subsistencia co1H a assislcncia dos inclios que os ajudavam no serviço e iam g~· angr.ar nas aldeias visi– nhas as sementes e renovos de que carecmm. E emquanto pre– videntes ell cs assin1 se preoccupnvn rn cl'este 1.rabalho, os conqu is. tadores se clcbalin111 cm recriminações e dispulns mais ou menos acrimoniosas. Um dia de Setembro de 161 8 despertou a colonia com o ala– rido do assa!:sinato do capilão .Alvaro Nelto, prnlicaclo cm lagar publico, scn1 nenhum mystcl'io que pozessc cm duvida a autoria

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0