Revista da Sociedade de Estudos Paraenses Jan - Jun. 1895
t dilfo!'cnlcs elos nossos, <:01110 os lêm lodos os povos b::u·bnrizndos, mas na dcnrnsiacln rnnlc(ad~ q11c lhe~ cl:1?, hn lnnla exngeraçno q11an~n nn Jec~11lada he111g'llldade q11c 1rnng111a111 nos colonos. Hnjn ~C\'Cl'1clacle 110 Julgnmc11lo, 111as nüo se negue jusliçn a quem a lem. Que os indigcnns acollr crarn cm paz a gente ele Caslello Bl'anco e se prcslnrnrn de boa ,·on ladc á lodos os se1Tiços ela colonin, nffir- 111:tm os escripl<Jrcs cl'cssc:; l1' 111pos. E seguramcnlc cllcs não te– riam allcrrtclo es. as rd1çüc·s l:"10 bons e nmistosas, se não fossem impPlli dos por rnol irns pondcl'osos, que ccrlo lhes "ernrn111 no cspiri lo senli111 0nln:,; opposlos, ele desconfiança e rnncil'. Os llH!S – rn os brulos 111oslr,111 1-se alfriçoadt 1 s á quem os nfüga e beneficia. A verdntleira ou :;upposla aleivosin de A111al'O não vingaria, se 11.lo li vesse c11conl1w lo ns a11 in 10s j.í. p1·e,·en idos e desconlenl es con- 1 l'a os conq uisladon~s. Tal vez qtw estes os mnllrnlassem ou rnio lhes dessem o acolhimcnln ri que se julgavam com direito, como cm bcn1 pos.;ir el ilL• aronlcc,}r. E dçrnais, obl'igal-os á lrnhnlhos conslnn tcs e regulares, aos qnars nào cslnvan1 alfoilos cm sua viria ::-110111:ila e dcs regradil. seria baslnnl c parn rlesgos lal-os. C:os lumndos desde le11rn 1:dncle a g-osar da ampla lilierdaclc dos bosques, era 11nluml que considerassem 1.enlaliva de cscrnvirl:10 qualquer r.onslt·n ng-i 111 cnlo que se lhes fizesse. E doniinndos por este senlimento, {, licilo s nppôr qu e ell<!s, jnlgnnclo-se an1ençaclos e111 se us rlircilos indivitluncs, c111 sendo n!al1nente vidimas de vio– lencins e expoliações , prclcndcssem vingar-se de aggrnYos 1·ccebi– cb s e· sacudir ao mesmo tcmqo a vassallng-em que os abntin cm ' . sua nnlural nlli,·ez. Quem sabe o que Amaro observárn na colonin ~ Quem nos diz 4ue nrw fossem fundaclas ns suas apprchcnsõcs e suspeitas ? E' dever dn ltisloria np recinr 111clhor os nborigenes, indagando tom cr·ilerio mais esclnrecido e cl esnpaixn11arlo as causas efficicnlcs dos se us aclos. C:l1n111 al-os aggrcssol'es brulacs, n1olores inconscientes <la s primeiras lt oslil idaclcs conrn os <· hnlllam, é injusliça que pede e 111ercce rcparnçi10. Devcm-n'a pri11c:ipal111enlc os clclrndores cln infel iz raça amcri rnna, prcslcs a exlinguil'-se na sol idão das matns, fo 1·ag-icla e nnwtlron larla da g-cnle civiliznda. _E' uma diricla sng1·adn. Salisfaçnm-n ·a r.om liberalidade os seus d11farnadorcs, no menos por desc ncargo de consci1·11 tin. Nã.o hnvel'á n'isso f.1 vor.
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