Revista da Sociedade de Estudos Paraenses Jan - Jun. 1895

ff,cirns liros cn.hiram logo mnilos morlos e \'crirl os . Hcslar:un rnt~-. cose esses mesmos, csmor0ci<los <' apavora~lo!:, lral fl.rnll1 ele ugit \ançarnlo-sc n'fl.gna; mas nem assi1n conscgu11·a111 ()SC:1';):11'. _ Um _?n oulro· sómenlc pon<le alcançai rle mergulhos as rnargen,, llo 110 , coberlas de espessos arvoredos. . . . _ A expedição pensando qne os 111d1os 1 ~ss,m cscarn1Qnlados, 5 ~ inlernariam nas brcnhas e ni:to seriam 111a1s cnconl.rados , deu pot concluicla a sua commissã.O e regressou á Belém. Nrw demorou porém que clles se reunissem de 11O,·o e 1i1n maior numero lenla~.– scm repr:lir os seus alaqucs cm dill'ercnles ponlos ele u111a e oult,t capilanía, scmlo bali<los n) Pad. por Pedro Teixeira e n~ ~lara– nhào por Malhias de Albuquerque. Foi cnlào que esle _ap~·1s1ono 11 cm Gurnpy o celebre A.11tnro, promolor da rcvolla llos 111d1os t:0 11 - tr:1 os colonos, pelo 4uc lhe inlligira em aclo 1:onli11uo a pena capital na hocça de uma p0ça. (1) Tacs foram os primeiros aclos lle hoslilidatl e prnlicaLlos p~\os selvagens conlt·a a genlc ele Caslcllo Branco. E nào ha chro111sla que, cxprobranclo lacs allcn la<los, nào os allribua á exclusiva per– fidifl. 1lc Arnfl.ro, sem ao menos averiguar os l 'acl.os que os prece ele · ram. E' vcso antigo, aincla hoje seguido sem c;;crnpulo, al'ciar a i11c1olc e os coslumes dos nossos incligenas ao ponlo ele lhes nega– rem a lealclarlc, a graliLlào , u amor, a lern11rn, os all'cclos 111ai:; si1n– ples e nnlurnes 1\0 co1·açrt0 h11ma110 ! Houve alé quem o:-; con:;ick– rasse corno brnlos, despidos de razüo e disr:erni11H~nlo ! P~rn combalc1· lã.o cslupida doclri11a, 111uilo em voga enlre os cor!qu1sla~o1·?s mormente cio Mcxico e do Pcn'i, loi preciso que do soho ponliftc,o baixasse uma bnlla ! Foi o papn Paulo 111 que s~– lemnemcnlc dcclarnu serem nossos similltanles os habilanles pri– milivos da Amcrica,-ven ladeiras crcaluras como 11ós oulros, com lil;crclac~e.e clit-eilo~ idenlicos . (2) ln fohzmcnlc fornm rnros os seus Llel'cnsorcs, e esses mesmos nem s~mpt·e podcrnm l'azer lriumpha1· a vcrllaLlc. As nolidas sobre os ~1alnlanlcs 1wi milivos rlo Bt·azil uos são lransmillidas por canncs mat~ ?U mc11os sus\Jcilos , sem que esses llesvculura(1os lenham 1~r_?lc~·,d~ uma pa\avra sequer cm 1\el'cza propria. .Jnlgados á revc– h_a, na.o e d~ adm11·fl.r que sejam <lcpl'irnidos em seu carncler e sen– hn~cnlos . ~cqueslnulos dos bcnefi cos inílnxos da dvilização, com cellcza deviam clles lei· hahilos rudes e selvalicos, coslnmes varios ( I ) l~crredo- A,11 11 u s J-Jisl., nums. 431 n { 60 _ ._ ( 2 ) ESt a bulia tem n data de 9 de Junho ele 1537. Está extractacla por Jo!\o Fran· nzco Lisboa, tomo ll, pag. 577 e seguinte.

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0