Revista da Sociedade de Estudos Paraenses Jan - Jun. 1895
14 l-\.s lcrrns que este rio corre s ã.o ela capil~ni.~ ele Bcnlo i\'~acicl, governador do Maranhão, e forn ele ser sco cl1s lnclo, e havei nclle muilas nolicias sào cm si as melhores que ha cm lorla a Hespanha junla, para frnclas e oulras nlilidadcs quan~as ha ncslc rio das Amazonas. . . . Conlém este rio granrlcs provindas d e Barbaros, CUJU JUns - dicçào comprehcndem as afamadas lerra · elo Tncuji'~, lrto apt,elc– _cido, e varias vezes povoado pelos hollancleze:;, 0, ~11H.1a que co1~1 grave prcjuizo sco, ainda clc\le se IC'mbra, e o clcsc.1a por suas n– l(Uczas. São eslas tcl'l'as muito a proposilo para lavouras e engenhos ele assucar, lahaco e as melhores r\c lodo o Llcscoberlo. Srt0 abun– r1antes de manlimento com pouca cul\ura, e lcm cxccllcnles cam– pinas parn crear infinitos gados. Seis lcgoas acima c1i1 bocca d cslc rio e::;lá um forlc de porluguezes, que chamam do DcsletTo, com 30 soldados e algumas peças r\e artilhcria para algum lcrror dos indios, p01·quc para defender o rio não pode ser vir. Esteve este forte por muitos annos cm melhor s ilio, 35 legoas mais abaixo, aonde as nios inimigas vinham de ordintu·io a reco– nhecer seo rumo, e fôra ali, sem duvida, de mais ulilidade uma fortaleza. Pm·(l11<i/1iba on XingÍI Dez lcgoas mais abaixo do rio Ginipape sr\.e da parle do sul um visloso e lã.o caudaloso que com duas legoas de bucca enl rn no principal a que os nalural's chamam Paran:1biba. Es luo cm suas ribeiras algumas povoações de inclios amigas, que lendo assenlo cm suas primeiras e11lrndas eslão ás ordens elos porluguezes, que os govcrnan1, e no mais inleri or vivem oulras mnilas nações, de quem e das muis ·que csle rio conlérn, ainda nà.O ha sutncienle nolicia: mas de sua grnndcza se collige que 1·e– cchc cm si a oulros muitos rios povoados r1c gcnlilismo, como outros que se competem de uma e outra parle de sul e norte, Pacajós Deste Ginipape duas l•11:5oas, mais abaixo começa a di vi,1ir-sc cm grandes ]Jraços o das Amazonas, que causam a mullillü.o ele ilhas alé ~escmbocat· no oceano : todas cslas ilhas se veem povoa– das de cl1lfcr cnlcs nações, sendo que as mais dcllas entendem a lingua _geral d'aq~1e\la costa. SM rslas illrn_s la nl~s e as nações que us habitam tão dl\·ersas que para cllas sos ser ia neccssario uma nova hisloria; nomearei, ! comtudo alg11mas rlas mais conhecidas
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