Revista da Sociedade de Estudos Paraenses Jan - Jun. 1895
107 X [II-O Sr. Emile Gonncllr, cnlomolop;o frnncez, qnc já J)ela qnnrln vc z Yisita o Br:izil, viajando toda n cosia desde o Rio de ,Janeiro e parte considc– ravcl do sertão de 111 inas, Bahia , Pernambuco, Ceará, e hn. pouco veiu ao Pará, para estudar principalmente os coleopteros, cstabelcccodo-se no Marco da Legn:1 a meu conselho, prornetteu-mc gentilmente en1·i:1r-mc, depois da volta para Paris, uma appreciaç,10 cletalhadn. d'estc capitulo do t.rabalho do Dr. Dahl baseando-se nas suns proprins experienc:ias e colheitas feitas durante um llH' ~ ( 1O de Fevereiro á 1U de i\farço) na di ta localidade. A b:;tenho-me J,Or eoosc- guinte de fuzcr obser vações criticas n.ccrl'a d,,s bczouros e d.is borbolctns. · X IV-'l'alvc:r. o autor nfto <:stejn. informado tia grande quaulidn.dc de Clwlcididcns, descriptos nos ultimos ann0s por G. Mayr e todos provcuicull'S de figueiras indígenas eh Brazil, (µ;eneros Phannacosycca, Urostigma), existindo j .í. em 1885, 15 nol'os ~,meros e · G3 novas especies. (Critogaster, 'l'riclrnulus, G,111osoma, 'l'etragoun~pis, :\fannoccrus, llhysothorax, lJiomoru~, H etcrandrinm, Ai!pocerns, etc.) Onde as mencionadas figueiras exi,t,em (•i nfto me consta a sua auscncia na Amazooia) abundam os diminutíssimos e graciosos marimbon– dos, qne habitam ~ fnzcm o seu desenvolvimento nos seus pequenos figos, gemi– mente de tamanhc> menor do que uma arcllii. X V -'L'.lll1bcm os ] ch11 •wJ1fJ11id11c e os Ilrncnnidae são talvez m1;ll1or r r.prc.,cntados na regi:io ncotropicnl, do que o autor parece s uppor. Estes ma– rimbondos parasit:1rios são o desespero dos cntornologos, que procuram cria~ Bombycidcos e, 'phingidcos, sendo n' u111:1s certas cspccics realmente diffi cil de cnêontrar-sc cm libr.rdadr, uma lng:1rta oão picada. XV[-Não fnltam de lodo os Cy111i11ºdcos na regi,w tropical do Rrazil, ma.~ uo que parece n:lo cst,:·to ~stutlados ,e dcscripto~. Eu j,L encontrei numero soffrivcl de marimbondos galhcobs no Sul do Brazil ( lembro-me por exemplo <lc certos fetos [Filices] , p:ncntl•s .elo gencro em:opr.o Scolopendrinm, cujas folhas collossacs rcgula.rmcntc achei providas de " gallas », na região da Srrr:1 dos Orgiios) e n,10 duvido, qne membros cl'csta familia t:1:~bcm scj~m rrpr~·; sentados aqui na Amnzoma. E de facto, emquan to rcd1g1n. estn11 lmhas, .lª n.chei-os nas m,1tns da e< P edreira ", perto da cidade (4 de Março de 1895). X V H-Veiretarin.nos uào faltam entre as formigas; o µ;rupo das Atthloe ( Qaúb·ts») é to 0 do composto d'cllcs. Acerca d'esta familia cm relação 110 Br~zil , \,~ja-sc o trabalho do Prof. Dr. A. Forcl, uo fasciculo 2." do e< Boletim tio i\luzcu Paraensc "· XV III-E' a formiga, conhccill,1 ni1 Am11zonin com o oome indigena de /IJcwuli rei. XlX- EsLe assmupto tem sido tr,llado circum~~anciadamentc pelo ]~r· 1'.· l\foeller e recentemente ainda polo Dr. II. voo lhcrm~, em trabalhos se1~111t– fi cos de maior vulto e publicados n:t Allcmanha. O leitor acha os rcspec:t1vos tit,ulos in<licado., no est.uclo elo Prof. A. Ford : « A faun:1 das formi gas no Brazil "· •
RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0