Revista da Sociedade de Estudos Paraenses Jan - Jun. 1895

]()(j cies cl'esln classe bem perto eh cidade do Par[1. N'uma excur,do c1ue fiz hoje (2 de Março) ao :Marco da Lcg~a, vi cm poucas horas perto de um:~ <luzia de quatipurús (Sciurus) e apanhei 2 exemplares, lernnclo para casa arnda além uma pregui<,m joveo (Uradypus). V- \hi vai ~m m1nife,to erro, que se explic,i mui facilmente peLt cir– cumstancia, que o Sr. Dr. Dahl nlo é famili,u· 1Jom 03 costumes d,t aviaria neo– t,ropiea. E videntemente ellc viuh:t todo~ o.~ dias t:1rde de bordo do }latio1wl, ancorado n'este porto, perdendo assim as melhores horas para a caça, que ~rio de madrurrada. 1'ivcssc clle, acompanhado por eaçadur pratico, se po~to no mato, em lugar idonr.o, ao romp~r <ln di:1: nrw duvidamos r1nc o seu julgamento teria sahido bem diver,;o. VI-l'uhliquci rl'!ccntcmcntc 1ú11u pcriodico ornithologico da Suissn, detalhada resenha do nosso lfrubií, talvez a mais completa f(UC Fohrc estr assumpto existe. E' redigida em língua allcmã. VII-Outrn seria a opinião, se o autor fosse familiar com as ,·ozes da aviaria brazileira. E' raro o dia, em r1uc, mesmo na cidade (Umarizal), n:io ouço os periquit·os ( 13rotof:Çerys tuip~ra ), p~ssnndo por cima da minha rc~i– cfonci:i. VIU- O., colibri5 n:io R:io :t1'ei:;, c1nc ~e pos~am chnmar .~r,ci,,r.~, porl:rnlo n:lo podem ser vi,t.'ls sen,10 /solrr,lr1mr11/c Qncm SJ colloca r porém, perto ele Bromeli:is em flor, no mato, 011 d<)baixo ,lc 11111 inga.7ciro, no çnmpo, cm flur, ch_egar{L a õbscrvar em poucas horas cluzins d' est.as g:mcio,as crcnturas. IX-E' quest:lo de costume e de cxpcricncia prolon~adn ! Eu poderia dizer com bastante prohahilidatlc, rprnrs as rspccies que o Sr. Dr. D:1hl pnde– ria ter visto. X- E~ta falta é ,·,1fotiva, não al,soluta, como tlcmonstrei no capit ulo int.ro – ductorio da )lonogrnphia A ves do JJ,w:il. Aqui no Par{L encontrei como bons cantores até agora um s:1biá ( carax.ué ) [Tnrdus fumigatus Licht..] e certa especie da familia dos Troglodytidac, provavelmente um 'L'ltryotlwms, que visita até os jardins d'esta cidade e cujo canto tem semelhança com o do 11pisco de pcit0 ruivo,> (Sylvia rubeculn) da Europa. X [- :\Ie é incomprchensivel a dist.incção riuc faz o autor entre ,rcroco– clilosn e ,dligatore~», rpiando no llrazil não temos senão estes ultimos. X II- ~r10 deixa de ser singul.tr, que nem uma espccic tenha sido obscr– nda. Ce:to é que nào faltam representantes à'csta classe por ahi e se o anlot· quer averiguar, s~ a asserçã'l de Bates ú cxacta, riuc venha n'uma noite de chuva, como agora as temo., tão frequentçs desde J aneiro, lá para os noss'Js larlos, para presenciar o concerto amphibiann no Umarizal.

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0