Revista da Sociedade de Estudos Paraenses jan - jun. 1894

-Hl sid u e11,·iarlos para calechisar os indigenas cl"cslas rc·giõe:;, dotado Llc \'irlucks Lherapeulicas que a lo1·n~1·am uma µanac éa popular •cnln· os incligeuas e mesmo entre ,1. população das cidades, esl(• produc-lo C'ra chamado a Lomar um importante lugar na JJharmaco– péa hrazileira, si as difficuldudc:; de sua procura não Li,·cssem sido até C'nlão quasi insupcra,·C'is. Todos os curandeiros tapuyas o rcndc·111, mas por um preço elernclo, como um lalisnrnn p re– cioso. Com dfcilo, o arhuslo é haslanl c rarn; precisa uma cerla j1abi li1lade para o encon trar no mcio- d·cslu wgetação csr.cssa das fl orestas \"irgcns, e sómcm le c:;scs cm·a1Hlciros indígenas, bolnnicos impro,·isados, sabem procurai-o e rcconl wcel-o enl1·p os arbustos simila res. P01· isso Li ram o scn prornilo. O estudo scicnliflc:o da Muyraµu an1n não linha sido lcilo a lé agora 1k um modo romplclo. Guiados pelas indicaçõc:- geraes que 1·csulla vam d,JS crenças populares, os medicos que têi11 cscriplo nbscrraçõcs sobre este vegetal limitaram-se a indit:at' a preparação mcdic:inal Lal como a prnticam os índios, assim como as rirtmles ' -lherap0ulicas. Al'fit·mam que Pile niío é toxico e que 6 rcnlmenle ,q)hoclisiaco. Alguns p1:oc:ura1·am c·lassifical- o e o dei-am c-omo Ulll li,-iusmrc da familia das oleaccns. O Dr. Klecsallel (l) ele Slutlgal'CI, rez da i\luyl'apuama o objcr lo de sua lhE>sc. Os Drs. HusPmann, d1· Gollingen, e Pckoll, do Hio de .Janeiro, o Dr. H.ees, da Univer– :<id:nfo de El'langen, pa1-Lilham ig11nhnenlc esta opinião. 1fos, ele 11111 outro lado, i\lr. Glazion, hotnnico ,clis tinclo, antigo rli1·eclor dos .in t·dins publicos do Hi o de Janeiro. e o Sr. Clemente Malcl1er, CflH' ltabiluu muito tempo o Paní, eolloca111 a i\Iuyrapm11na na fami li.i dns ·1\c:rnlhaceas (2). t\luitos sabios têm mais parlicularmente estudado os effeilo:; l1 1en1peulicos da i\Juyrapuama, empregando para as suas expericn– cias, o cxlmclo fluido d'esln planta que lhes era forn ecido por :tlgurnas casas de drogarias, cujas relações no Brazil llws permit– i ialll i111portar pequenas quunlidaclcs rle raízes. Enlrc elles po1n-6m eitar J lmbrigh, de Bnrnswik, ll olrcrl, de Berlin, Heger. de Vicnna. KcszlN, ele New-Work, Goll, de Zurich, Pfa ff, de Strasbourg, Kloe– ,.;a [tcl. de S t11tlgartl. Todos o têm considerado comi1 um tonil'o. 11111 estimulante energic-o do systema ne1rn:;o clebelitaclo, o têm ' ,·mprcgado contra a paralysin, o rhcumal1smo, a dyspepsia, e_ so– hrelutlo na impotencia, n.m rrnando que ellc fazia desappa1·eccr as r:rnsas clcsses males sem prejndicnr nos dentes. Klecsntlcl nffir- (l) Kle~snttel. Phnrmnkgnm,ic der i\luirn l'unmn. L lm, 1S92. (2) E~lntisticn das arvores silveslres. Par:,, t S81