Revista da Sociedade de Estudos Paraenses jan - jun. 1894

Qnanlo á região alvcolo-palalina, m: eljffcrença:-:, co1J1 scrc111 poucu aprcciavcis á pri111ein1 risla, não sito loda,·ia menos impor– lanles. Pondo rlc pal'le o prognathismo nlveolal' muito pronun– c:iado nos Butocudos e quasi nullo nos craneos de Marad, ha a notar para essa região os seguintes caracleres ctitt'erenciacs nas duas series : nus c1·nneos d0 l\Jarar.i a disla11cia cm linha reda do ponl0 alveolar ao extremo opposlo da abobada palatina é 111 Pno1· L ccnl. do que nos craneos elos Bolocudos. :\"cm se pódc all1·ibuir 1~;.:sa dilfcrcnça lllu nolavcl a um atl'Ophiamento da nrcada aln:-olar superior, porque, sendo lal processo alrophico ilcpondo11le da t•Llnde nvançada 011 da queda prematurn dos de11tcs, nenln11r. destes dois foclores se acham aqui l'eprosenlaLlos. (;0111 cffeil9, o esladc, ela,; suluras leva-nos a admillir para os indígenas dé Mn1·ará crladP rn ecliana; por outro ln.ilo a pcrmanencia das cariclades ah·eola1·es dL' ixn .fóm de duricla r111c a queda cl0s dcnles só love loga1· dcpoi~ ela morlc. Accresce ainda que a currn ah·eolar que <: repl'esen lacla por t11na parabola nos croncos tlos Bolocuclos, app1·oxima-sc n1ais da l'ilipsc nos crnneos de Marad. Differcnças nno menos nolan~is apresentam cslps no mnxillnr inferior. Os dois ramos horisonlaes do manclibula cti,·crgem muilo para traz, de lal sorte qne a clislnn– c·ia lrànsvcrsni tomada. ele um angulo a outro da mandíbula ,, rP– prcsenlarla pol' 10 cenl., qnançlo a mcsn,a dislancia Lomada no,; c1·ancos dos Bolocuclos é> apenas de 9 cenl. a 9.-L . Essa clilfcrcnça de quasi 1 ccnL na dislancia dos dois angulus ela m:111dibnla está clC' acco1·do com a difl'crença na sn lir nr;ia da 1·egiftv :1miculo-l i>m- 1ioral nas duas series, facto nnatomicl> que j,i foi cle\'idn111C'nlr con– ,; irlcrado. Os dois mmos horiwnlaes da marnlibula no r·1·anl·0 lll' 1\'[aracá :ivrc::cntam-sc, a16m disso, mais finos e delgados do tflH' nos C'l'a– neos dos Botocuclos ; esse raclo, porém, póde bcn1 ;:c1· expli('ado por um atrophinmc11to ela 111·andibul:1, vislo como observa-se nella a obliternçno de alguns alYcolos posleriorcs. cujos denlcs respccli- 1 os cahiram cluranle a Yida. As modificações qne exerce a queda dos dentes subr0 as dimensões dos max illares P ltoje um faclo re– rnnhecido e provado por numerosas obsel'rnções (·omparnliYa:;. O angulo do maxillar inferior 1~ de 110º no crnneo de Jllal'nc·á. an passo que nos Bolocudos elle varia en tre 11 i '' <' 120". Nariuclles a a llura da mandibula ao niwl da apophyse toro11oiclc {, <le !l.Ô cenl., emqnanto nestes ull imos ella n1ría de 6.1 atf. 7 .ü cenl. Um facto, po1·é111, allrahc sobrcludo a allençào, (\1zendo-sC' o estudo anatomico do maxillm· inferior no rranro · ele ~larncá e 0 o sef?ninle : a r·~1·,·n nlveolar inferior, r njos clenlcs ;;:fln i111plnnlndu::

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