Revista da Sociedade de Estudos Paraenses jan - jun. 1894

/ i.Vlarac,í o b uraco occipita l aproxima-se muiLo da fol'ma c·i rcular, emqunnLo nos craneos dos Bolocudos elle é quas i ovalar. . Fazendo a projecçã.o elas duas series na laboa graduada, nola– :;t: pa r-a alguns cmneos dos Botocudos o excesso de 5 millim. na 71,·~jecçcio rtnlPrior, o que quer di zc.r que o ponto bas ilar cons icler arlo o centro da cabeça está nelles collocarlo mais pos teriormente do c1uc nos cra neos ele Maracá. Cumpl'e en tre tanLo, adn•rfü que estn ,liffo rença dcpende tambem, em parle, do ma io r prognnlhismo rla face no~ craneos dos Bolocudos. 1-~ circumfen ,ncia trnnsn'rsal hiau – rirulnr, !orna da de um hurnco auditivo a outro, pnssando , pelo liregma e p ela base do craneo, a lli11ge 43 cent. nos craneos de Ma– rnc:í, ao passo que nos cr a n eos d os Botocudos ella ,·a l'ia e ntre 4-1- " •ln ce11t. Enlrt:lanto, nos cran eos de .ilfarac:á, - a porção suprnauriculal' dessa cmva é superior á que se n ota em alguns ct·aneos dos Boto– (· udos; tinqu~lles e lla é de 29 cenl., n estes não exc:ede a 27 cen t. ~- l"erdade que cm um craneo de Botocudo,· o ma is .-olumoso ela ,·olleeção, ella chega mesmo a 31 cent. As grandes proporções, porém, ljUe Lem este craneo r elativamente aos outros, exagel'a nclo -. a maio t' parte elos Lraços caracteristi..cos ela sc.ric ::t que pel'le nec·, p!ie1n-no fóra ele queskio n esLe, exarne comparatirn. Que tal differenç::i na cmvn supraauriculat' ntlo depe nde no~ ,-ra11eos de :rvfaracá da maior altura do craneo, plenamcn lc o de- 111onstra o seu p equeno diametro bas ilo-bi;egma lico, l'epresenlado p e lo :tlgn.rismo 12.2 cen t., quando o mesmo diametro nos crancos• dos Botocudos Yaria enl1·e 13 e 15 cent. O facto explica-se, porém, pc1fr ilamentc p elo maior r ele.-o que a presenta a r egião auriauto~ lc 111JJOml nos cmneos de Maracá. A superiotidaele ela curvn. supra– anriculal' nesses craneos depende, pois, rla grandrza r ela li nt elo ~eu diemetro bitempot·al. A ahcrLma do conelucto auditirn correspondendo nos craneos cte J\'laracá a um p lano ve1·tical Lirado elo ponto bas ilar (bordo anl<'– i-ior elo buraco occipital) e ar:hando-se a dicla abertura nos crancos d os Bolocudos quas i 5 millim. ntraz desse ponto; sendo por outra pai·Le o nivel elas a rcadas v.ygomnticas mais ele rado nos craneo~ dos Bolocuilos do que nos d e i.\foracá, logico é concluir que aquelles indígenas tinham as orelhas s ituadas mais acima e postcriormenl c– do que estes. S i ela comparaçào desles dados craneomell'icos, corno rimos, resnllnm dilfo ren ças nota veis para ns duas ~eries, pócle -se affirma r q ue (, sobretudo p ela confrontação cios éarD.cter cs da face que mai<; se ctisLanciam os rlous typos. Começamos por rliie1· que o rolevo elas arra1fos s uperciliarrs r

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