Revista da Sociedade de Estudos Paraenses jan - jun. 1894
2,5 l'iormente á entrada das raizes n a urna funeraria; essa queslão, porém, nM t endo importancia real para o assumpto de que nos vamos occupa.r, não nos demoraremos sobre ella.. Determinar a edadc desses ossos seria. uma das questões pre– liminares importantes para. r esolver antes de começarmos o 'estudo descriplivo dos craneos. Quando, porém, se pretende chegar a uma de terminação mais ou menos approxi_mada da edadc desses ossos, reconhece-se immediatamente que nito são muito seguros os ele– mentos ele que dispomos para. uma. tal determinação, pois o faclo de se apresental'em ell es nimiamente frageis, leves e poros os, com o tecido compacto folheado, apenas autorisa-nos a admillir pr,ra. esses reslos uma gl'ande antiguidade. Ora, comprehcncle-se bem quanto vai de r elativo e até mesmo de convencional nessa expres– süo vaga e indeterminada que não t em· significaçàO cltronolog-ica pL'ecisa. Demais, a influencia do meio a que elles eslivcram suhmet– tidos, a acçn.o conosiva dos agentes phys icos, a compressão exer– r·ida pela::.: raizes podiam ter apressado a decomposiçao do tecido osseo, communicando-lhes uma feição de antiguidade maior do que clles teriam realmente. Seja., porém, como fôr, o que se póde affirrnar sem medo de e rra r é que es~es ossos têm urna existencia superior a um seculo. Os dois craneos, que de,·iam ter pertencido ambos a indivi– ctuos do s0xo masculino, como inculcam certos caracteres anato– micos, apresentam entre .si a mais completa semelhança de formas, i11dicando desta sorte, serem r epresentantes ele um mesmo typo ethnico. As alterações que se notam nos ossos que compê>em a caixa c1·anrana são quasi idenlicas em ambos os craneos, o que prova q11e elles datam da mesma epocha e estiveram submelticlos á acçito clãs mesmas causas physicas. Ambos ::ipresentam e rosões cm pon– tos differcntes ela s uperficie exterior e em um delles exis lern mes– wo. pel'furações multi pias, com diametros difl'erentes , de forma cir– eu lar, al)l'indo por esses pontos uma livre commnnicaçilo do cxte– l'ior parn a cavidade do craneo. Foi atravez desses oriGcios que penetraram muitos filam entos .radiculares, cujas expansões multipla.s se vêm ~1inda apegadas ,i sttpe rficic interna da abobada craneana. Ao lado dessas perfura– ções acciclcnta.cs , atravessando toda espessura do osso, existem outras que ficaram iucomplctas, chegando apenas á lamin a in– terna do osso, sem comludo atravessai-a.. Um dos craneos apresenta a destrniçãO parcial da face no lado clireilo , onde não exis tem o assoa.lho infe r·ior da orbita. o osso rna- 1:ir, grnndc parte da arcada zygoma.tica, e a metade do maxillar
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