Revista da Sociedade de Estudos Paraenses jan - jun. 1894
• -1 El'am novos mercados que se apl'esentavam pura muitos de 11ossos productores, c1·am competidores pnrn outros que con\'inha conhecermos para o;; clebcllar. O torna r bem sensiYel o numel'o, a qualidade e a quantidade rle nossos productos, era, quanto a nosso Yer , o principal fim que deYia ler a exposiçrto brazileira, e ao qual deviam tenclcl' os nossos maiores exforços. Assim o Sul apresentou, as suas subs tancias gordas, os couros preparados. as carnes r.onscrrnrlas, 9 mate, o labaco, as suas aguus arcl nnles e assucares que t:rnlos prcrrúos alcançaram, e cm primeiro logar o café, qne na America Jnglcza l.cm o seu p rincipal consumi– dor. sendo ele esperar que rlepois da Ex.posição Columbi:rna ainda augmentc o consL111 11110 de nossos gcnerns, cspeeiaJmenlc para o café, pois que senclo grandes compradores llelle as cidades princi– paes, .cxiste corntudo grancle numero ele cidades do inlcl'ior ele 100, 300 e !'i00 mil babitanlcs em que o consumo ainda 6 limitado. As nossas cxhibições dos Estados cenlraes e do N'ol'te apl'e– sentaram collecções enormes de madeiras finissimas, as qnaes começam a faltar na. Europa, que _as vai já buscará Hussia, á China, uo Japão, e é este 11111 dos generos que forçosamen te devo em pouco tempo conslilui1· um importante ramo de commercio, e qna.nclo ea <•studa v:i. os md hodos empregados para apwveilar a madeira. sem perder clella a minima pocção, involnntal'iumcnk pensaYa na maneira por que eram destroçadas com enorme pel'Cla as nossas florestas não aproreitanclo ele um !ronco nem a me– tade dellc. O centro e o Nol'te do Brazil ainda aprcsenlnrn111 couros, café eacáp, baun ilha, algodão, assucar, tabaco, aguardr nte, piassava: muitas outras fibras, rnaterias proprias ao coHume e á tiulur,u-ia., resinàS, e gomma elaslica. ele di,·ersas qualidades; o conjunclo crescidissimo de tantos nolaveis produclos nos;:os, alguns eguaes cm quaJjdacle aos de outras nações, outros melhores que estes, alguns especiaes ao Brazil, e todos abundantes e largamente exhi– bidos, nos collocaram indubilaYelmente como uma rica nação pl'O– dnclorn e para. isso bastou a bella exposição de assucar, aguar- dente, cacáo; hona~lrn, café e _madeiras. . . A nossa expos,qão de agrtcullnra, aqttclla em cwa 1nslallação mais se gastou, podia ser pma nós um b-iumph~ pela ~ariecla~le e qualidade das amostras, e o numero ele prcrrnos ohl1dos ainda maior, mas a. infelicidade r1uiz que os enca rregado~desta secção, por d i,·ersos mot~os, pouco tempo lhe deram seus cmclaclos, não tendo nenhum delles tempo para. estudar, prcpar:n e. bem apresentar ao publico a grande variedade_ que poss uía de amos l~·as; não obslnnle era lüo grande a sua. quanlida.de, e tM boa a quahcla.de dollas, que ' ,. /
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