Revista da Academia Paraense de Letras Agosto 1953

' RÉVISTA DA ACADEWA PARAÉNSE DÊ LETRAS , ,$ TERNURA Ouve a mensagem de ternura da chuva. mansa ... Ouve a doçura quase humana dêste murmúrio de reza, ou pranto, que umedeée a alma da noite ... A chuva mansa, enternecida, anda a ensinar aos desgraçados e aos boêmios, a 'humilde arte de chorar"... AMANHECER Os sinos cantam. . . Brônzeos turíbulos, queimando incenso de sons puríssimos, no altar nevoento dàs madrugadas .. . Os sinos cantam. .. Surµe et ambura ! Abrem-se as casas - tumulos ·de almas. E as almas tristes, ressuscitadas, friorentas ainda, descem as ruas, rumo da vida, que inveja a morte. Os sinos cantam, nas. madrugadas ...

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