Revista da Academia Paraense de Letras Agosto 1953

'REVIS~ A DA ACADEMIA PARAENSE DE LE-TRAS 61 A BEIRA DE UM Túl\1ULO \ Foram estas ::is palavras proferidas oelo acadêmico Luiz Teixeira Gomes (Jacaues Flôres), no dia _21 de maio de 1950, por ocasião do se– pultamento do nosso saudoso e ilustre confrade Paulo Eleutério Filho que ocupou nêste sodalício a cadeira "Ferreira Pena" : ' "Paulo Eleutério Filho ! Nada há neste mundo que mais possa demonstrar, desorientar a marcha re,rular da vida humana do que a inexorabilidade do destino. E foi êsse destino. crndelissimo para todos nós, cujos meandros, cujos insondáveis mistérios nini::-uém jamais pôde desvendar, - foi êsse d.estino que. neste ·momento. me colocou à beira do teu tumulo, meu querido, inolvidável amigo, J>ara trazer-te a sentida homenagem, o co– movido adeus da Academia Paraense de Letras. Nós todos rlaquela Casa onde se rende culto ao Talento, à Inteli– gência de nossa terra, nós todos pranteamos, lamentamos a tua morte brutal. o teu brusi!o desaparecimento. E chorando e lamentando te en– volvemos, neste instante de imensa angústia, no catôr de nosso carinho, no amavio de nossa admiração e na ternura violácea da nossa maior saudade. Paulo Eleutério Filho ! A Academia Paraense de Letras, a oual déste o máximo de puro, o máximo de belo das luminosidades de teu espírito, a Academia Pa– raense de Letras, pf'la minha voz, cinge tua fronte com a pancarpia de louros que só os eleitos do Senhor merecem. Tu que fôste um exemplo de virtades pulcras e imarcessíveis den– tro do lar; tu que fôste um µadrão de dignidade e de elevação moral perante os teus concidadãos; tu que fôste um BOM no mais alto sentido da palavra - aceita o bater isócrono de nossos corações na exterioriza– ção do 1>esar que sente o Silogeu Paraense pela tua partida para todo o se:rarre. Paulo ! A nossa última homenagem, o nosso último adeus ! Que o Supremo Creador te guie, te ilumine e te cubra com a sua infinita Misericórdia !".. \ \ 1

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