Revista da Academia Paraense de Letras Agosto 1953

B.EV ,ISTA DA ACADEMIA PARAENSE DE LETR4S~ gada embora tal autorização, não desaiµtl}OU o ·estudan~e ·riogranden– se do norte. De Baturité volveu a Fortaleza onde foi professor de latim e . inspetor da Instrução. A su a fama de latinista chegava a todos os recantos dos sertões do Ceará onde foi r ecebido com muito agrado p elo povo, colégios e govêrnos, da í o aproveitamento do jovem AMA– RO CAVALCANTI como professor de latim e inspetor escolar da Ca– pital. Em Fortaleza, em pouco tempo aprendeu a língua inglêsa que falava e escrev ia corretamente ; essa circunstância animou o honrado Presidente da Província do Ceará a comissioná-lo para ir à América do Norte - pátria da Liberdade dentro da L ei - estudar o sistema de intrução elementar. Chegando a New-York e, mar avilhado com o que observou, ao mirar a grandeza dos panoramas aos seus olhos desvendados, o jovem sertanejo de Caicó não se contentou em cumprir a missão que levava do Govê rno cearense . . Em contacto com as associações de l etras e colégios fôra logo recebido com a máxima aten ção, graças ao latim que manejav a com a perfeição de um clássico e ao pleno conhecimento da língua ínglêsa que falava e escrevia correntemente . Sob êsses auspícios ma triculou-se na Escola dé Direito da "Ut-HON UNIVERSITY DE NEW-YORK" onde fez curso regular . de 1_2 cadeiras, apresetnou tese e, passado a exame final (of gradua– t10n) , recebeu em 1881 o grá u acadêmico . Nessa escola (prossegue o desembargador Antonio Soares. no seu apreciável livro "DICIONA– RIO HISTORICO E GEOGRAFICO DO RIO GRANDE DO NORTE", vol. I), onde fôram graduados homens como MAC KINLEY, IRVING, P_AJ:l,KER e outros. alcançou o ilustre norte riograndense o lugar ma~s dis tinto, cabendo-lhe o honroso qualificativo de Prophet, dado a·o mais instruído aluno da classe . Regressando à pátria submeteu-se no -~~o, ao exame de suficiência sendo declarado habilitado para o ex ercicio,· a que então se dedicou. Tinha a êsse tempo 33 anos de idade . Vol– vido ~º. Brasil r evalidou o seu diploma de doutor em ciênc_ias jurídicas e sociais, sendo nomeado em fins de 1881 Diretor do Liceu de Hu– manidade de Fortaleza. Um ano depois,' deix ava saudoso o Ceará, o dr . AMARO CAVALCANTI rumando ao Rio onde foi reger a ca- deira de L~tim do Colégio Pedro II . , . . . No Rio de Janeiro dedicou-se tambem a advocacia e a ensinar outras m atérias de curso' de humanidade e de dir eito . I~fluenciado p elas idéias liberais norte_ an:iericanas, desligou-~e do_ pa rtido Conservador e incorporou-se entao a campanh'.1 ~epubb– cana e proclamada a República foi el eito ;=;e~ador pelo RI_o ~rande do Norte no Coni;r esso Constituinte d a Republica n a su a primeira le– gisla tura em 1891-1893. AMARO ESCRITOR •Pa!·lam~ntar assíduo, vigoroso e possuidor de far-t3; _e invulgar e~o~uencia, ~iscutia com segurança todos •os assunt<?s pohbcos - so– c1a1s e economico-financeiros como quem se sente a contad e na ma– t ér ia - mestre entre os mestres naquele ambiente respeitável, ser e– no, educa~o, e, no mesmo tempo sever o, do 1. 0 Sen ado d~ ~ epúblic?, que possu1a em seu seio homens honrados, d outos e pohbcos colhi– dos n as fileiras dos par tidos Liberal e Conservador. , .c~mo SE:nador, publicou os livros: ''.~ese~a- Financeir~ do Jmperio - Rio - premiada em 1894 na Exposiçao Internac1onal

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