Revista da Academia Paraense de Letras Agosto 1953

"REVISTA: ·-DÁ ·-AÓADEMiA PARAENSE DE 0 LETRAS A vida não é má, filho meu ! Os homens, sim, que, às vezes, desvirtuados, é que ficam máus; egoístas, mesquinhos,_ torpes, invejoso!>~ . '.l·ransformam a mentira em arma cie conqmstas e caluniam a verdade, que é a sombra divina da ventura. Odeiam, ambicionam, e para atingir seus fins, transformam-se em puzilânimes, esquecem a J>rópria honra. Preocupa-me teu futuro. Mas se olhares sempre para mim, se seguires meus pa~os e· ouvires meus conselhos, serás feliz, muito feliz, sempre feliz. E é fácil. Escuta : Esquece o mal. E não odeia nunca, que o ódio animaliza e embrutece. ueus persegue com a Jlesgraça sem fronteiras todos aqueles que clamam por vinganças. Para cada dor colhida, mil esperanças renovadas. Para cada inveja, o desprêso que fulmina. },<'aze de teu coração um santuário. tDistribui o bem entre os bons e entre os máus, sem pensar na recompensa ou na gratidão. Se aquêles te esquecerem é porque novos desgracados precisam de tua sombra. J,stes, os mãus, se arrependerao das dores provocada e humilhados virão. exaltar o teu destino. Tú nasceste do amor. Faze do amor o símbolo de tua vida e a vida será para os teus sonhos o que tem sido para o~ meus anelos : dias de sol, rútilos, vivificadores, noites de paz, estelares, magníficas, com luares de ventura e serenatas de felicidade. Na grande festa promovida }leia Academia P a raense d e Letras na manhã de 3 d f maio, n o Teatro d a P az, comemorativa ao 53. 0 a nlver sârio de f undação do Silogeu, foi feito o g r upo a cima, figurando n ele acad êm icos, a utoridades, ar– tistas e escritores J>rem lados. Sentados, d a esque rda p a ra a direita do leitor, vemos : Dr. José Cavalcante Filho, secr etãrio Int erino de Educação, rep resen tando no -ato o Governa dor do . Bstado, poetisa e academlca Adalclnda Camarã o, dr. A bel Ma rtins, presid en te da Assembléia Legislativá, do Estado, _dr. Aver tano Rocha, presidente da Acad emia P araense d e Letras, coronel Manuel J osé Fe rreira Coelho, coma nda nte da 8." It eglão Militar , e o con sag~,;_d o ·· mae.st ro Nino Gaioni, a quem a A cademia ficou devendo gr a n de par te d o êxito da festa d e 3 de maio, qual)dO êsse r enoma do a r– tista, ao r ege r a Orquest ra Sinfôni ca , recebe u verdadeira_consagração pública. No s egundo pia.no , d e pé, na m esma ordem , estão os academicos desemba r– gad ore~ Inaclo d e Sousa Moita, Jullo Colares, Wenceslau Costa, Bruno d e Me11ezes, Migue l Pernam b u co Filho, Luiz Teixeira Gomes, De Campos Ribeiro, Rodrlgu ~s P inagé, Orla ndo Lima , J . C. d e Oliveira, escrito r Mario Couto, que c_onqulstou 0 prêmio d e teat ro do con curso de 1952, a cademico Murilo Men ezes, poeta Ca ubi Cruz, q ue conq uistou m enção h onrosa e um p rêmio d e incen tivo e m d inheiro da Acad em ia pelo livro de poemas "A palavra esquecida", a cademicos G eorgenor f ranco e Abela rdo Leiio Condurú,

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