Revista da Academia Paraense de Letras Agosto 1953

I REVISTA DA ACADEMÍA PARAENSE DÊ LETRAS -Duvidas, Carlua ? :e; multo Ignorar. Quem dera Que tudo Podesses Gozar !. . . -Eu vendo A canoa, E compro U'ã roça; e como In d'és moça , Podemos Casar. - -De pressa, Carlu a, Mudaste a tenção ; Jã queres Trabalhos D'ágreste Sertão ? . 37 A poesia - "A Caçadora" é, t ambém, mult o graciosa e Interessante, pela sua f eição regional . Aliás, as lendas, as t radições, usos e cost"\lmes da Amazônia, grnndc Influência exerceram no espírito poético de Bezerra de Albuquerque, como se vê das poeslns Já citadas, além de outrns como o "Ca uré". "Bola-Assu", o "Ca– noeiro", o "Açah y " bebida da terra, assim endeusada "O gostoso açal que me extasia Tu és meu ópio, meu rtarcote aràblco, Que me embriaga, me deleita a Ideia, E tuz-me agora saborean!lo um copo, Das selvas transportar-te, erguer-te um ~anto, Dizendo que tu és a mais ·sauda vel Das Iguarias do Pará, mais bela !" E, finalmente, no relido da produção poética de Bezerra de Albuquerque que, em verdade, não se "enroupa duma forma artística apurada e cscorrelta", como apreciaria Sllvlo Romero, mas reflete profunda senslbll!dade tlpica, encontramos êste angustiante brado de alerta, Infelizmente não tomado a sério e n~m leva– do em conta: " Desca nça, 6 seringueiro, a machadinha A rija milo calosa mais se ajeit a Ao machado, a enchada , a fouce, a linha Que a terra põe direita ; Planta, planta .sem ,demora E verãs que a riqueza do trabalho :e; somente n a lavoura ! . .,* ,?: * Aqui ficam, sem relêvo e sem brilho, como simples apontamentos ehtcldatl– vos, t ópicos da }ação pra~ãtlca quê, por dever de ofício, me cabia pronunciar a quando do m eu recebimento, como /Jn1ortal, na Academia Paraen6e de Leçras, n lio tora o temor da anãUse percuclente dos llustreli; confrades, Inadvertidos, certament e, no aceitado do meu nome obscuro p11ra t amanha proJeçào, à qual, proclamo, sem falsa modéstia, não fiz Jús por não possuir rat2es establllzan tee, a prumando àrvore frutffera e sombreando caminhos largos, para o_. percorrlcto do tempo e parn o t ransposto d.as distâncias, que se alongam, eternamente, por éste mundo arorn . ,,

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