Revista da Academia Paraense de Letras Agosto 1953

REVISTA DA ACADEMIA PAJ;lAENSE DE LETRAS Na.o posao dizei-o, Manltú já me chama ; Não fiques aqui, ahl vem Anhangá : Se digo, te encanto, encantado, me perdes, Perdida não entro no céo de Tupã ! E um outro assobio mais surdo, mais forte, Ouvlo-se nos ares, ribomba um trovão ; E o genlo a - yauiara - sumio-se nas agoas, E o lndlo assustado baqueia no chão. A "Viola" é outra poesia característica do bardo, da mesmo. época, e da qual não nos furtamos ao desejo de assinalar aqui aliruns trechos : O disco palloso da lua .gentil A viola, ·Bem tocada, Bem rasgada, No luar Dã trlstesas E saudade, Dã vontade de chorar. Quem ouvll-o. Tão chorosa, Tão saudosa Suspirar, Tem desejos Desta vida Negra lida, aqui deixa r . Cante a frau ta, A clarineta. Toque a meta O violão Aq\lem tlcão Da viola Branda rola do sertão; Não tem cantos D'obra-prima, Que se rima Num salão; Não tem vozee D'harmonla que extasia O coração , Há, ainda , nae "Set tanejas", uma poesia - "A Tapuya " - que, posta ,em mu■lca, adquiriu grande popularidade por todo o Interior do Estado e até mesmo aqui na capital. Ouvimo-la cantar algumas vezes, em São Braz, nos serões boê– mios do mercado de São Braz, quando em compa nhia de Deodoro Mendonça, Emillo santa Rosa, Apollno.rlo Moreira, DJa rd de Mendonça, Saint J ean Campos, Rocha Moreira e outros, nos alegravamos com o Zé Nome Feio no violão e bebida multa, ignorando, entretanto, a o.utorla da letra . Somente agora, manu11eancto a LYRA OAS SlilLVAS, verificamos ser de Bezerra de Alb uquez:.que, A TAPUYA -Formosa Tapuya, Que .tazes :Perdida

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