Revista da Academia Paraense de Letras Agosto 1953

'- REVJS:I'A DA . ACADEMI'.A PARAENSE DE ~ TRAS 29 Poemas do Coração Wenceslau Costa (Cadeira n. 2 - Alvares da Costa) CANÇÃO PATERNA Quando setembro refulgia, Ao brilho Da via-latea a palpitar pelas Alturas, vieste, meu filho, No misterioso plaustro das estrelas, Pára me encher os olhos de alegria. Eras um príncipe a sorrir No palácio encantado do teu berço, e com azas de berilo e de ouro terso, O meu sonho vôou na imensidade, Naquela noite erróu p'ela amplidão, Subiu perto do céu, vôou para ir Buscar, perto das nuvens brancas da ilusão, Os teus tesouros de felicidade. Dentro da vida, agora, Neste comêço da subida, Na ascensão ilusória das encostas, Ao delírio do sol da mocidade, Levas os olhos tintos de uma aurora E, tendo os meus no ocaso da saudade, D_e mãos postas, Fico rezando pela tua vida ! Segue sereno o teu destino. Neste mesmo deserto que palmilho, Sejas também o mesmo beduíno, ~em que a areia infinita os olhos te amedronte. que o teu nome - Yonildo Wladimir, ~ue lapidei nas pompas do horisonte, m dia, a refulgir, NChes~e sonho que em cânticos me vai, e10 de glórias ó meu filho, Venha cingir a fronte de teu pai !

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0