Revista da Academia Paraense de Letras Agosto 1953

REVISTA DA ACADEMIA PARAENSÉ DÊ LETRAS -II- Só venho, lembra ndo o tempo Da nossa terna esperança, Dizer-te que da lembrança Nunca teu nome saiu ; Crente nas tuas promt!ssas, Nunca pense!, nem de leve, Tivesse o pago que te ve Meu amor, meu desvario... -III- Adeus 1 - Ditoso momento Se junto a quem nós amamos Cheios de amor converaamos Alguns Instantes a sós... Que dellcla entil.o se goza - Partindo, leva-se n'alma Da luz de uns olhos a calma, De uns lablos a amante voz. -IV- Mas. .. adeus como ora o digo, Depois de nlio mais t alar-te, Só de longe acompanhar-te Na tua vida !ellz. Nem sabes o quanto custa 1 - Dlze11 adeus afastado, Sem ver-te o rosto adorado, Depois do bem que te qulz ! - V- Inda me lembro : uma noite, Nos salões llumlnados Segui teus passos alados, Da valsa nos giros seus ; E o coração, que dormia No meu peito despertou-se Ao tremulo afago doce Dos meleos olhares teus. -Vl- Eras, na festa a radiosa Estrela d 'aiva dolencla Flôr de rara opalescencla, Bolando naquela luz. . . - Vll- Mas consola-se a lembrança, Se não és quem d'antes ems, E que já goze! deveras - Momentos d'alma prazer Se deslembraste esse tempo, Amar 11 nlnguem se obriga . .. E eu longe talvez consiga 0 0 passado me esquecer. - Vlll - A trngll concha tormnda No cornçlio do ocea no 1 Que o vendaval deshumano Nn praia to! arroja r, Traz a lembran ça no selo Pois, premindo junto ao ouvido Deixa ouvir com um gemido saudades d'nq\tele mnr . . ,

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