Revista da Academia Paraense de Letras Agosto 1953

REVISTA DA ACADEMIA PARAENSE DE Llfl'RAB SESSAO EXTRAORDINARIA DE 15 DE MARÇO DE 1953 Compareceram os seguintes acadêmicos: Avcrlano Rocha, Georgenor Franco, Jurandir Bezerra, De Campos Ribeiro, Rodrigues Pinagé, Inácio de Sousa MoilJ, Adalcinda Camarão, J . H . Hesketh Condurú, Abelardo Condurú Bruno de Menezes, qúc também representou Lu.iz Teixeira Gomes, Toma~ Nunes, representado por Jurandir Bezerra, e mais os Srs. J oão Alfredo de Men– donça e Júlio Colares, eleitos mas ainda não empossados. Gra nde assistêncLl enchia as dependências da sede provisória da A cncle1nia. Aberta o sessão, o presidente designou 0 3 académicos J' M. Hesketh Con– durú, Adalcinda Camarão, Jurandir Bezerra e Rodrigues Pinagé par .l conduzi– rem ao salão o novo acadêmico, Dr. Levi Hall de Moura. que foi recebido com longa salvl de palmas, assinando pela primeira vez o livro de presença. Logo a pós, subiu à t ribuna, pronunciando, de improviso, o seu discurso-acadêmico, no qual revelou. ma is uma v~z. a sua vasta cultura e a su1 capacidade criadora, es tudando a poesia de Bruno de Seabra para, depois, dizer dos sentidos das Ac ;demias e do papél Importante dos homens de pensamento no destino dos p.:ivos, sendo calorosamente aplaudido. O poéta e acadêmico. Rodrigues Plnagé declamou a bcl!ssim,1 po,esia de sua lavra "Naufrágio". A acJdêmica Adalcinda Camarão pronunciou após o discyrso de saudação no novo "imortal", exaltando os méritos Intelectuais de Levi Hall de Moura e a sua grande formação moral. O presidente convidou o acadêmico De Campos Rfüeiro por J colocar o dis lintivo na Japel:I do novo acadolmico, afirmando De Campos que a Acadc.– min continua resistindo às criticas dos demolidores, proc:..r ndo sempre elevar A!: trndições culturais de nossa te rrn. - O poeta Bruno de Menezes declamou o belo poema "Lua Sonilmbuln". SESSÃO EXTRAORDINARJA DE 22 DE MARÇO DE 1953 Compareceram os seguintes acadêmicos : Avertl no Rocha, Georgenor Franco, Wenceslau Cost.:l, Murilo Menezes, estando representado mais os Srs J. M. Heskelh Condurú, Tomaz Nunes, Manuel Lobato e Jurandir Bezerra. o presidente concedeu o pal:lvra ao Dr. Catete Pinheiro, secretário de Saúde Pública, que fez a apresentação do Dr. He nrique Mosquera, conferen– clsl.a do dla. Em brilhante improviso, o Dr. t:at1::te traçou o perfil de Mos– quera, salientando antes ter sentido que os homens de v. lor do Pará ainda lutam para poder mos trar a grandeza do espírito e da arte. Disse que Hen– , r ique Mosquern é uma personalidade de escol, leg!tlmo represent.:nte do valor e da c ultura do Equador, homem que lula pela garantia dos governos demo– cráticos. Falou da odisséia de Mosqucra, que vive exil.:do, trabalhando na im– prensa desde os 15 anos de idade, sendo discípulo de Carlos Mantilha. Como josnalista, Mosquera estudou medicina, tendo viajado pel.t Alemanha, França e Bélgica. Colando gráu em 1028, ingressou como médico do Equador, atin• gindo o posto de capitoa. tendo tom1do pa r te nos combates contr_a as. for~as_pe: ruanas. Como médico, Mosquem j:í escreveu viirios livros, te ndo unedmlas ainda cêrcn de duas mil poesias. Logo após foi concedida n p.dav ra 110 Dr. Enrique Moequera que, com eloqu.lncia, pro11unciou brilhante c·on1erêneia sôllre o tema ..J oiio Mon_talvo e Ruy Barbosa, dois escritores das Amêrlcas" . dnnJo um • demonstniç~,o con– vincente de sua capacidade intr lcch1al. Agradeceu a honra da Academia _rece• bendo-o nquela rnanhã e dizendo que o homem deve conservar doiq sentunen– Los: o da gralidiio e o da vlnsança - "gratidão sem lágr imas e vingança ~em oani:ue".

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