Revista da Academia Paraense de Letras Agosto 1953

1 ~YJ$TA , DA ~ ACADEMJ A -PARAENSE - BE .LETRAS • 1 ·145 De Un1_Pôeta Jovem A-Sua Espôsa· ·· A PALAVRA ESQUECIDA O poet a paraense Caubi Cruz obeteve menção hon~ rosa e um prêmio de incentivo de hum mil cruzeiros no concurso de litera tura de 1952 da Academia Paráense de Letras, pelo seu livro inédito "A Palavra Esquecida". . Os poemas abaixo foram extraidos do livro -de Caubi Cruz. Vi matinal r omper o teu mistério e arrancar da sombra t ua belesa. Cor ri com o vento a terra abandonada sôbre teu corpo cantei canções crescid as no srlêncio do mar e das estrêlas. · No teu sonho surgi cheio de espumas sem nome atravessei o teu passado e tua vida tomei nas . minhas m ãos: ' Eu tenho a força que gera as madrugadas e teu nome. Marina, é meu escudo neste fim de noite solitária. -Que a juvent ude em. mim resolve a vida em rosas e canções, sonhos e valsas. Poema , ... • ..., '!. • f• Tú és a luz meu Deus mas tua beleza é mais fatal para ·mim que ~a a~~êO,:cl~~ .. Negar-me o pão e o vinho é teu castigo · :·.: ·•,· mas porQue auando chPe:as eu me sinto menor ? ·· Meus olhos não foram feitos nara a belesa nlena dá-me anenas um sinal do céu e uni ~ín,boJQ <Ja y:l_da_ · 1 eu fui feito para as menores cousas e o infinito é o m eu mal eu .fui feito para um pouco de tempo, e a eternidade.-me guia. . . . . ~ . . ~ .. : '· : .,:- r. A ENCHENTE DO RIO AMAZONAS ' A propósito da calamidade que assola as regiões ribeirinhas do r io · Ama~o~ nas o Sr. Alcldes Gentil, advogado da Prefeitura do Distrito Federal e sócio h on o– rário perpét uo da Academia Paraense de Letras, dirigiu ao Sr. Presidente da Re- pú bllca. no dia 10 de maio último, a seguinte car ta : ' "Meu eminente amigo, Exmo. sr. Dr . Getúllo ·v _argas. Saudações _atenciosas . Fllho de Alenquer, hoje devastada por uma catástrofe dolorosa. sei que es– crevo esta carta a um chefe de govêrno : mas, acima dessa clrcunst l!.ncla, _tiue me obrigaria a outra linguagem, quero conversar coni o· amigo! a cujo excepcional" t es– ., t amunho de estime. nunca p_od~r!f! eu ser Ingrato., ._