Revista da Academia Paraense de Letras Agosto 1953

1, REVISTA DÁ ACADEMÍÀ PAR.u1NSE DFi LÉTRAá MUANA DA BEIRA DO RIO A velha matriz branca De portas largas Sozinha na praça Olhando o rio sujo. Montaria dansando. Tarde preguiçosa Rua quieta. Jornal do prefeito Com santo na primeira página. E a usina bufando, bufando, Engolindo lenha. Na janela do pôsto do Correio Um cacho de bananas balançando. TERCEIRA ELÉGIA 1•ARA SONIA MARIA ESQUECIDOS estão os trigais, Nas sombras a casa, O fôgo apagado. ~ Há muito que o retrato da Mulher nao espera por ti. Mas eu quero ainda os teus passos. Leves na sala encortinada. De Bíblia sôbre a mesa. Agora eu te esperarei sempre. Porque num dado momento -tu aparecerás Num vestido de rendas brancas - louros cabelos em cachos - cantando as modinhas que Ela antes cantava. Enquanto não chegas A vida continua encurralada no vale.

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