Revista da Academia Paraense de Letras Agosto 1953

fii - fü:VISTA DA ÀÔADEMIA PARAENSE DE t.É-ri.ü:s tjo,·· "O ESTRANHO" Os poemas abaixo são de autoria do poeta paraense Max Martins, que obteve o primeira · lugar no concurso de literatura ae 19"52 insti– tuido pela Academia Paraense de Letras, con~. quistando o prêmio .de poesia "Vespaziano Ra– mos", no valor de quatro mil cruzeiros, com o seu livro "0 ESTRANHO", do qual extraímos os versos a seguir : · PORTO As velas murch as, os mastros -can sados de vent o. A galera vem . Na t arde de amor sereno O ma r se abre em lírios e sargacos. Canta Maria que teu embal o é paz E pou sa a flôr nas minhas mãos • Que mão e flôr se t ransformacão em pão. Chegas, mas continuarás Na âncora jagada à práia tranquila. SONETO Ventos do mar em bú zio azul imersos, E pérolas que fôsses, tu serias Tão minha, nos recôncavos submer sos Do poefa qu e sou de imagens frias. E, se pelo tempo és os universos Que transfiguro em flôr e pedrarias, Entrelacada estás n estes diversos Estranhos passes de feiticarias. Integrado no lôdo, entre os pe rversos, Vences-me máu e me devolves são - Gan ho-te em sonhos desdobrado em versos~ Anjo icnógrafo que me arma as penas • E estr angulando-as, as re brota em pão Que espalho aos homens em manhãs serenas. I '·

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